Brasil, 2 de outubro de 2025
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Ministro Moraes determina investigação sobre ameaças a Flávio Dino

Supremo Tribunal Federal abre inquérito sobre ofensas ao ministro após seu voto em julgamento de Bolsonaro.

No recente cenário político brasileiro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu acatar um pedido da Polícia Federal (PF) e ordenar a abertura de uma investigação autônoma. O objetivo é apurar as ameaças sofridas pelo ministro Flávio Dino, as quais surgiram após seu voto no julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados por tentativa de golpe. A decisão de Moraes é um passo significativo na busca por responsabilização dos autores dessas agressões virtuais.

Contexto da investigação

A investigação foi autorizada após a Polícia Federal identificar indícios de que as ameaças estão ligadas ao inquérito das milícias digitais, que investiga organizações criminosas atuantes nas redes sociais. O ministro Moraes ressaltou em sua decisão a necessidade de enfrentar a “organização criminosa” que atua no ambiente digital com intencionalidade política e prática de ofensas à democracia.

“Este inquérito foi instaurado em virtude da presença de indícios e significativas provas apontando a existência de uma organização criminosa, de forte atuação digital”, afirmou Moraes, referindo-se à gravidade da situação atual. Para dificultar a identificação dos responsáveis, será solicitado que plataformas como Meta, TikTok e YouTube entreguem os dados cadastrais de perfis questionados em até 48 horas.

Ações da Polícia Federal

Flávio Dino, no início de setembro, formalizou uma representação junto à PF devido às ameaças recebidas, que foram intensificadas após sua atuação em um julgamento controverso. A PF avaliou que há uma conexão clara entre a estrutura das milícias digitais e as ameaças direcionadas ao ministro, o que leva à necessidade de uma resposta rápida e integrada das autoridades.

A instituição policial compilou mais de 50 postagens de distintas redes sociais que configuram ameaças diretas a Flávio Dino e ao delegado da PF, Fábio Shor. “Esses comportamentos têm o condão de causar temor real nas vítimas”, destacaram os investigadores, reforçando a seriedade do episódio. A PF atua com determinação para excitar responsabilidade e coibir novos ataques que possam decorrer de mensagens hostis.

Coação e contextos históricos

Na sua representação à PF, Dino apresentou evidências gráficas, como prints de postagens que incitam violência e tentativas de agressão contra ministros e suas famílias. A magnitude das ameaças, frequentemente com referências a eventos no Nepal, deixou claro que o clima de hostilidade se intensifica no Brasil.

“Imediatamente após o voto que proferi, passei a ser destinatário de graves ameaças contra a minha vida e integridade física”, declarou Dino, ressaltando a preocupação com a possibilidade de ações violentas provocadas por discursos distorcidos sobre decisões judiciais.

A referência ao contexto no Nepal, onde confrontos violentos tomaram conta do cenário político, leva a um alerta concernente à instabilidade. Os recentemente ocorridos no país asiático se moldam como exemplos de como a violência pode ser fomentada por opiniões distorcidas e incitação às massas.

“Esses eventos, além de sua relevância, podem desencadear ações violentas contra pessoas e patrimônio público”, alertou Flávio Dino, aludindo aos ataques a prédios públicos e outros episódios que marcaram a história recente do Brasil.

Implicações para a democracia brasileira

A situação atual levanta um debate crucial sobre a segurança de figuras públicas e o exercício da democracia no Brasil. O episódio ilustra o crescente fenômeno das milícias digitais e seu impacto no debate político. O desafio reside não apenas em responder a essas ameaças, mas também em garantir que a justiça e a ordem sejam preservadas dentro do contexto democrático.

À medida que o STF, liderado por Moraes, toma medidas contra esse tipo de violência, é imperativo que também haja um engajamento ativo da sociedade civil para coibir esse comportamento. Isso inclui a promoção de diálogos construtivos sobre a importância da integridade, respeito e civilidade no ambiente político e nas redes sociais.

Com as investigações em andamento, espera-se que as autoridades não apenas identifiquem e punam os responsáveis, mas que também criem um precedente importante para a proteção de todos aqueles que defendem a democracia brasileira.

Leia mais sobre o caso aqui.

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