Brasil, 2 de outubro de 2025
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Produtores de suínos de SP vivem maior poder de compra de farelo de soja em 20 anos

O aumento nos preços da carne suína e a queda no valor do farelo de soja elevam a relação de troca para níveis inéditos desde 2004, beneficiando os suinocultores de São Paulo.

Em fevereiro, o preço da carcaça suína teve alta de 10,8%, atingindo R$ 13,20 o quilo, impulsionando o cenário favorável aos produtores paulistas. Segundo estudo do Cepea/USP em Piracicaba, a relação de troca entre o suíno vivo e o farelo de soja alcançou seu maior patamar desde 2004, com 5,57 quilos de farelo por quilo de suíno em setembro.

Poder de compra do farelo de soja atinge recorde histórico

Nos últimos meses, os suinocultores de São Paulo têm conseguido comprar mais farelo de soja com a venda de seus animais, devido à valorização do suíno e à queda no preço do farelo. Atualmente, a relação de troca está 54% acima da média histórica de 3,62 quilos, iniciada em janeiro de 2024. Em setembro, a tonelada do derivado na região de Campinas foi negociada a uma média de R$ 1.660,53, 21,7% abaixo do valor registrado no mesmo período do ano anterior.

Preços mais elevados e exportações em alta

Além do aumento na receita com a venda do suíno, o preço médio do animal em setembro atingiu R$ 9,25 por quilo, o maior nível de 2025, refletindo uma demanda aquecida no mercado. O volume de exportações brasileiras de carne suína cresceu aproximadamente 72% entre janeiro e agosto de 2025, passando de 7,7 mil para 13,3 mil toneladas, com destinos como Chile e Filipinas ganhando destaque.

Segundo o Cepea, o destaque em agosto foi a venda ao Chile, cuja quantidade dobrou em relação a janeiro, após o governo chileno reconhecer o Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica em abril. As Filipinas permanecem como principal destino da carne brasileira desde fevereiro.

Cenário de preços e demanda sustentada no segundo semestre

Os preços do suíno vivo e da carne de porco continuam em alta desde o fim do primeiro semestre de 2025, contrariando o ciclo sazonal de recuos nesta época do ano. A forte demanda, impulsionada pelo aquecimento do mercado no início de agosto, manteve as cotações firmes em diversas regiões, com valores em agosto de R$ 8,57 em Minas Gerais, R$ 8,27 no Paraná e R$ 8,76 em São Paulo.

Especialistas destacam que esse cenário positivo deve se prolongar, apoiado pela exportação em expansão e pelo bom momento do mercado interno. A relação favorável representa não apenas um alívio econômico para os produtores, mas também um incentivo à continuidade da produção suína no estado.

Segundo estudos do Cepea, o fortalecimento do setor reforça o papel de São Paulo como um dos principais polos da suinocultura brasileira, refletindo o equilíbrio entre alta de preços e queda no custo de insumos essenciais.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no g1 Piracicaba.

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