O caso ganhou destaque nesta quarta-feira (1º) quando Maiclérson Gomes da Silva, ex-marido da influenciadora Ana Pink, foi detido em Batatais, São Paulo, após ser acusado de utilizar notas de dinheiro falso para pagar um abastecimento em um posto de combustível. O empresário, já com um histórico criminal, foi abordado após sua compra ser identificada como fraudulentas.
A prisão e as acusações
Após o pagamento de R$ 200 em uma nota cuja autenticidade foi questionada pela frentista, o gerente da loja fez a checagem da nota e acionou a Polícia Militar. Maiclérson, que estava em uma farmácia no momento da abordagem, foi encontrado com mais R$ 1,3 mil em notas suspeitas. De acordo com o boletim de ocorrência, a ação resultou em sua prisão e ele foi encaminhado à Cadeia de Franca, onde deverá passar por uma audiência de custódia na Justiça Federal nesta quinta-feira (2).
Histórico criminal
Maiclérson e Ana Pink já enfrentaram condenações sérias por envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro e organização criminosa, totalizando 13 anos de prisão. Em julho, o empresário foi condenado por ameaçar Ana Pink, após ele ter entrado em conflito com a ex-esposa. Esse histórico de atividades ilícitas complicou ainda mais a situação de ambos, especialmente depois que Ana foi presa em agosto por violar normas de prisão domiciliar.
A defesa de Maiclérson
Em defesa de seu cliente, a advogada de Maiclérson, Elorraine Luchesi, afirmou que o empresário não tinha conhecimento da falsidade das notas e que as recebeu de um cliente como pagamento de honorários. Segundo ela, Maiclérson estava na farmácia para comprar remédios para seu pai e ficou surpreso ao ser detido.
O esquema de lavagem de dinheiro
O casal foi condenado em abril de 2023 por envolvimento em um esquema de empréstimos fraudulentos que teve como alvo o sistema previdenciário. As investigações do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) revelaram que Maiclérson e Ana Pink operavam um esquema que desviou mais de R$ 10 milhões. Eles faziam contratos em nome de terceiros sem consentimento, expondo dados pessoais de cerca de 360 mil pessoas, o que caracteriza um crime sério no Brasil.
Como o crime foi descoberto
As operações criminosas foram descobertas quando o Gaeco recebeu denúncias sobre movimentações incompatíveis com a renda dos envolvidos e acesso indevido a dados do INSS. As autoridades também identificaram que Maiclérson e Ana Pink compraram planilhas que continham informações sigilosas sobre benefícios e empréstimos de pessoas que não estavam cientes da exploração de seus dados.
Consequências legais
Além das penas de prisão, a Justiça bloqueou os bens do casal, avaliados em R$ 114 milhões. O caso de Maiclérson Gomes da Silva lança luz sobre um problema maior de fraudes financeiras e exploração de dados pessoais, pedindo uma reflexão sobre as medidas de segurança no sistema financeiro e previdenciário do Brasil.
O desfecho desse episódio ainda está por vir, mas a colaboração com as autoridades e o esclarecimento dos crimes cometidos são fundamentais para a Justiça. A repercussão deste caso promete trazer uma discussão mais ampla sobre o combate à lavagem de dinheiro e a proteção de dados no país.
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