Durante encontro no Vaticano nesta quinta-feira (2), o Papa Leo XIV afirmou que uma “cultura de reconciliação” é fundamental para auxiliar mais de 100 milhões de pessoas afetadas por migração e deslocamento globalmente. A declaração ocorreu na abertura do summit “Migrantes e Refugiados em Nossa Casa Comum”, em Roma, que segue até sábado.
Cultura de reconciliação como antídoto à indiferença global
Leo XIV reforçou que, assim como Papa Francisco falou sobre a cultura do encontro contra a globalização da indiferença, é preciso combater a impotência com uma cultura de reconciliação. “Ao encontrarmos o outro, curamos nossas feridas, perdoamos e reconhecemos que compartilhamos sonhos e esperanças”, destacou o pontífice.
O papa ressaltou a importância de ações que promovam a paciência, escuta ativa e empatia, sobretudo em regiões marcadas por conflitos históricos. “Precisamos de gestos concretos e políticas de reconciliação, que priorizem a dignidade de cada pessoa”, afirmou.
Planos de ação com foco na esperança e na solidariedade
Participantes de cerca de 40 países, reunidos na conferência, foram incentivados por Leo XIV a desenvolverem estratégias fundamentadas nos pilares de ensino, pesquisa, serviço e advocacy para aliviar o sofrimento de migrantes e deslocados.
O pontífice destacou a necessidade de incluir a esperança como tema central nesses planos de ação, especialmente em virtude do Jubileu dos Migrantes e do Jubileu das Missões, que acontecerá neste fim de semana. “Migrantes e refugiados podem ser testemunhas de esperança por sua resiliência e fé”, afirmou.
O Papa pediu que as ações promovam gestos de reconciliação, também em regiões marcadas por conflitos arcaicos, sempre buscando enfatizar a dignidade humana acima de interesses políticos ou econômicos.
Organização e objetivos do summit
O evento é organizado pelo Instituto Madre Cabrini de Imigração da Universidade Villanova e conta com o apoio de dicastérios do Vaticano voltados para o desenvolvimento integral da pessoa e cultura. A iniciativa pretender estabelecer uma resposta sustentável às necessidades dessas comunidades vulneráveis, envolvendo instituições educacionais, ONGs e grupos locais.
Ao reforçar a importância dos temas “reconciliação” e “esperança”, Leo XIV conclamou os participantes a integrarem esses valores em suas ações. “Que suas ações possam resulta em novas ideias, promovendo a dignidade de todos”, afirmou.
O summit termina neste sábado (4). A expectativa é que os planos de ação elaborados possam gerar impacto duradouro, promovendo uma cultura de paz e acolhimento globalmente.
