Brasil, 2 de outubro de 2025
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Cardeal Sturla reafirma posição contra a eutanásia na Uruguai

O arcebispo de Montevidéu, Cardeal Daniel Sturla, destacou a defesa da vida e criticou projeto de lei que autoriza a eutanasia em audiência no Senado uruguaio

O arcebispo de Montevidéu, Cardeal Daniel Sturla, afirmou nesta quarta-feira (30) que a Igreja Católica permanece firme contra a lei de eutanasia em discussão no Senado uruguaio. A proposta, apresentada pelo partido Frente Amplio, está em tramitação após ser aprovada pela Câmara dos Deputados, e permite que maiores de 18 anos com doenças incuráveis e que sofram de forma insuportável possam solicitar a morte assistida.

Posição da Igreja e preocupações espirituais

Durante audiência do comitê de saúde do Senado, Sturla reiterou a posição oficial da Igreja, destacando que a legislação “valoriza a vida, promove o respeito à dignidade humana e reafirma o compromisso com os cuidados paliativos”. Ele criticou a iniciativa, afirmando que ela “contribui para uma cultura de descarte da vida humana”, e ressaltou que “o principal problema do país é uma crise de valores”.

“O que apresentamos aos parlamentares é que a verdadeira questão de fundo é espiritual, relacionada ao sentido da vida e à desvalorização da vida humana atual”, afirmou. Para o cardeal, a legislação “não ajuda a valorizar a vida, mas dá a sensação de que algumas vidas são descartáveis”, o que, na sua avaliação, é “fundamentalmente negativo”.

Rejeição à nomenclatura e causas do projeto

Sturla também discorda do nome atribuído à lei, “morte com dignidade”, que considera confuso e potencialmente perigoso, pois “gera uma compreensão equivocada sobre o valor da vida”. Ele esclarece que a Igreja apoia os cuidados paliativos e ações que promovam o respeito às últimas fases da vida, como o trabalho realizado por instituições como o Hospício São José, criado há dois anos para atender pessoas em seus momentos finais, com carinho e atenção humanitária.

Precipício moral e riscos de uma “loose slope”

O cardeal advertiu para o risco de que a aprovação da lei de eutanasia possa abrir uma “porta para uma escadaria escorregadia”, onde outros limites para o respeito à vida podem ser desconsiderados posteriormente. Ele enfatizou que a melhor alternativa para pacientes com doenças terminal é o cuidado paliativo, que envolve atenção, amor e respeito.

Segundo Sturla, essa filosofia é praticada em instituições como o Hospício São José, incentivando que os últimos dias, semanas ou meses de uma pessoa sejam de paz e dignidade.

Perspectivas e esperança de mudança

Apesar do momento, o arcebispo demonstrou esperança de que o Parlamento considere melhorias na proposta: “Ainda acreditamos que há pontos que podem ser alterados, especialmente na nomenclatura, para evitar confusões futuras”. Ele reconhece que o debate é delicado e que a Igreja continuará apresentando sua visão a respeito do valor da vida.

Sturla citou que, por mais que o país enfrente leis controversas, a Igreja buscará sempre defender a dignidade humana, promovendo políticas que priorizem o cuidado integral ao doente e a valorização da vida até o seu encerramento natural.

Enfoque na dignidade e cuidados paliativos

O cardeal explicou que a Igreja trabalha firme na promoção de alternativas humanas e éticas, como os cuidados paliativos, que evitam a insensatez de uma solução que implica “eliminar” vidas sob pretextos subjetivos. Ele reforçou que o respeito à dignidade do ser humano deve prevalecer na legislação de qualquer país.

Para mais informações, acesse a fonte original na X (antigo Twitter) e acompanhe o acompanhamento da discussão na Câmara dos Deputados e no Senado uruguaio.

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