Brasil, 2 de outubro de 2025
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Por que tendemos a namorar pessoas que se parecem com nossos exs, segundo a psicologia evolutiva

Descubra a evolução por trás do fenômeno de se relacionar com pessoas que parecem seus exs, influenciados por fatores subconscientes e biológicos

Você já percebeu que, depois de um relacionamento, acaba atraindo alguém que se parece com seu ex? Essa coincidência, conhecida como namoro doppelgänger, tem explicações surpreendentes na psicologia evolutiva e na formação de padrões de atração.

O fenômeno de namorar com a cara do ex e a evolução por trás

Desde celebridades como Kanye West, que se relacionou com mulheres parecidas com Kim Kardashian após o divórcio, até pessoas comuns que identificam exs em novos parceiros, o padrão é evidente. Segundo especialistas, esse comportamento pode estar ligado à busca por familiaridade e a processos subconscientes de seleção de parceiros.

O olhar subconsciente e a atração pelo familiar

Segundo Caitlin, de 28 anos, seu corpo sente uma atração maior por pessoas que lembram seus exs, pois a familiaridade traz uma sensação de segurança. “Acredito que meu cérebro associa essa aparência com alguém que eu confio e que foi importante para mim”, explica. Esse padrão é considerado um efeito do que a psicologia evolutiva chama de “seleção de parceiros baseada em semelhança”.

O papel da formação de tipos físicos na escolha

Matchmakers como Blaine Anderson, de Austin, Texas, usam a preferência por determinado tipo físico como ferramenta de trabalho, pedindo fotos de exs aos clientes para calibrar a busca por parceiros. Essa prática reforça a ideia de que tendências físicas acabam influenciando na escolha, muitas vezes sem que percebamos.

Padrões entre celebridades e pessoas comuns

Cristais como Cory Booker e Rosario Dawson, ou exs que se parecem com os atuais parceiros, ilustram o fenômeno na vida pública. No universo comum, casos como Caitlin, que vê sua ex como uma “irmã” por semelhança, ilustram que o olho para o que é familiar é forte e presente em diferentes contextos.

Xavier, de 27 anos, descobriu por amigos que sua ex estava namorando alguém que se parece com ele — e até com o mesmo estilo. “Foi uma sensação estranha, porque o rapaz tinha exatamente minhas características, só era um pouco mais baixo. Parecia que poderíamos ser amigos, se não fosse tão perturbador”, relata.

Explicações evolutivas para a preferência

Especialistas em psicologia evolutiva argumentam que essa tendência está embasada na busca de parceiros semelhantes a nós, uma estratégia que promove segurança e potencial sucesso reprodutivo. Glenn Geher, professor da SUNY, explica que a proximidade geográfica e a semelhança física dificultam a escolha aleatória e favorecem relacionamentos com maior compatibilidade.

Além disso, a atração por pessoas com aparência semelhante pode estar relacionada ao processo evolutivo, em que a familiaridade aumenta a confiança e a facilidade de processamento de estímulos. “Genes semelhantes, que ainda apresentam diferenças, podem ser ideais para a reprodução”, reforça Madeleine Fugère, professora de psicologia social.

Tipos físicos e a influência na atração

Apesar de existirem padrões, muitas pessoas afirmam que a preferência por um tipo específico pode ser relativizada: “Mesmo com um perfil idealizado, às vezes nos encantamos por alguém que foge ao padrão”, observa Blaine Anderson. Assim, a atração não é fixa, mas influenciada por múltiplos fatores, incluindo emoções e experiências.

Reflexões finais: a combinação de fatores biológicos e emocionais

Reconhecer essa tendência de se relacionar com pessoas parecidas com nossos exs ajuda a entender as raízes profundas de nossa atração. Apesar do fator biológico e evolutivo, emoções e escolhas conscientes também desempenham papel crucial na formação de novos relacionamentos.

Assim, a preferência por alguém semelhante pode ser uma estratégia inconsciente que oferece sensação de segurança, aliada ao desejo de conexão, que evoluiu ao longo de milhares de anos de nossa história como espécie.

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