Brasil, 2 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Tarcísio de Freitas se distancia de Moraes após polêmica no 7 de Setembro

O clima político em São Paulo está tenso após os recentes desentendimentos entre o governador Tarcísio de Freitas e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A fala de Tarcísio no Desfile de 7 de Setembro, onde se referiu a Moraes como “tirano”, acirrou ainda mais uma relação que já se mostrava complicada. A declaração, considerada desnecessária por muitos, contribuiu para um distanciamento que, segundo aliados de ambos, vinha se intensificando ao longo dos últimos meses.

O discurso polêmico de Tarcísio

Durante o feriado nacional, Tarcísio de Freitas fez um pronunciamento controverso na Avenida Paulista, o que gerou uma forte repercussão e afastou ainda mais a relação com Moraes. Além de ter deixado claro o descontentamento com o ministro, a fala ocorreu em um momento estratégico, já que precedeu o início do julgamento de Jair Bolsonaro no STF. O governador argumenta que foi uma “questão de momento”, mas não esconde a dificuldade em manejar suas relações políticas posteriormente.

Interlocução antes e depois do 7 de Setembro

Anteriormente, o governador tinha desempenhado um papel de intermediário entre a corte e o ex-presidente Bolsonaro, principalmente em relação a Moraes. Com o recente desgaste, Tarcísio admite que não exerce mais essa função, marcando uma mudança significativa no panorama político. De acordo com informações internas, o diálogo entre ele e Moraes se tornou praticamente inexistente após o incidente do desfile.

Relações institucionais

Tarcísio nega que sua interação com Moraes tenha sido próxima, frisando que sempre lidou com questões institucionais, especialmente voltadas aos interesses de São Paulo. Contudo, actividades como a interlocução política com ministros do STF foram notórias em seu governo anterior, criando um contraponto ao atual estado de tensão.

Motivação por trás das declarações de Tarcísio

Em algumas conversas com aliados, o governador mencionou que sua declaração no desfile não teve um cálculo político deliberado. Tarcísio afirmou que seu foco permanece em buscar a reeleição ao governo de São Paulo, apesar da pressão existente na ocasião. Essa é uma tentativa dele de desviar os olhares sobre uma possível ambição presidencial, enfatizando que sua decisão de concorrer ao governo em 2022 foi fruto de um apelo de Bolsonaro.

A pressão sobre o governador

Nos bastidores, Tarcísio revelou que a pressão para se posicionar antes do dia 7 de Setembro estava elevada. “Políticos também precisam de votos”, dizem algumas fontes próximas ao governador, indicando que sua declaração pode ter sido uma tentativa de firmar sua presença no cenário político atual. Essa abordagem sugere que Tarcísio tenta equilibrar sua imagem tanto diante da base de apoio bolsonarista como dos interesses políticos mais amplos.

Próximos passos políticos de Tarcísio

Embora a situação atual tenha alertado os apoiadores sobre o futuro político de Tarcísio, ele reafirma que sua decisão de se candidatar ao governo foi motivada pelo desejo de servir ao estado e pela insistência de Jair Bolsonaro. O governador se desincompatibilizou do cargo de ministro da Infraestrutura com pouco tempo de antecedência para a eleição, o que mostra um compromisso com a política local, ao invés de uma busca pela presidência. Ele revela que tinha planejado inicialmente concorrer a uma vaga no Senado por Goiás.

Este contexto de atritos entre Tarcísio e Moraes destaca a complexidade do cenário político brasileiro, onde as alianças podem rapidamente tornar-se tensas. A interrogação sobre até onde a relação pode deslizar para longe da colaboração mútua está presente, especialmente nas vésperas de novos julgamentos e eventos políticos significativos.

Por fim, fica claro que o governo de Tarcísio de Freitas enfrentará desafios não apenas no que diz respeito ao Legislativo estadual, mas também nas relações institucionais com o STF, que são indispensáveis para a construção de um ambiente político saudável. O futuro do diálogo entre os dois protagonistas da política pode determinar o andamento das pautas que impactam diretamente a população paulista.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes