Brasil, 2 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Ministro do Turismo deixa governo Lula em meio a mudanças

O presidente Lula realiza mudanças ministeriais, incluindo a saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca no Pará nesta quinta-feira (2/10) em meio a um cenário de mudanças ministeriais que inclui a iminente saída do ministro do Turismo, Celso Sabino. Apesar da indefinição sobre um substituto, a retirada de Sabino do cargo acendeu um sinal de alerta na Esplanada, gerando especulações sobre possíveis novas trocas antes mesmo de abril do próximo ano, data limite para que candidatos se descompatibilizem dos cargos públicos.

Duas trocas significativas em pauta

A troca de ministros não se limita apenas a Sabino. Uma mudança esperada nas próximas semanas é a da Secretaria-Geral da Presidência, atualmente dirigida por Márcio Macêdo. Fontes palacianas sugerem que o deputado Guilherme Boulos (PSol-SP) já foi convidado a assumir essa pasta, que tem como função estreitar o contato entre o Planalto e os movimentos sociais. Contudo, o governo ainda está avaliando quais seriam os melhores destinos para os ministros atuais.

Diante dessas duas mudanças esperadas, a possibilidade de Lula antecipar mais trocas ministeriais foi levantada. A ideia seria organizar rapidamente o quebra-cabeça da Esplanada antes das próximas eleições, mas essa antecipação pode deixar muitos dos aliados do governo sem cargos e visibilidade política antes do pleito, uma situação que poderia prejudicar suas campanhas.

Os riscos das antecipações ministeriais

O receio entre os assessores do presidente é que, na pressa de resolver as trocas, o governo acabe sacrificando figuras com votos consideráveis nas eleições, que se beneficiariam da visibilidade proporcionada por seus cargos ministeriais. Especula-se que alguns ministros estão sendo cogitados não apenas para seus atuais postos, mas também para candidaturas ao Senado, especialmente em um cenário eleitoral onde o bolsonarismo deve concentrar esforços para obter uma maioria, o que poderia trazer desafios ao presidente Lula caso ele busque a reeleição.

Auxiliares afirmam que, até o momento, Lula não está considerando uma reforma ministerial ampla. No entanto, o governo já está analisando alternativas para os ministros Celso Sabino e Márcio Macêdo. Uma troca viável para o Ministério do Turismo é Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur, uma jogada que poderia agradar ao PSB, partido liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

A complexidade do cenário político

Segundo fontes do governo, o futuro de Márcio Macêdo ainda não está definido. Há a possibilidade de ele assumir uma diretoria em outro órgão, mas as negociações ainda estão em andamento.

A saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo se dá de forma não planejada, impulsionada pela ordem de seu partido, o União Brasil, que já rompeu laços com o governo Lula após uma fusão com o PP, com vistas a apoiar uma candidatura de direita em 2026. Apesar de sua saída, Sabino mantém planos de concorrer ao Senado em 2026, contando com o apoio do petista.


O futuro do Ministro do Esporte

O futuro do ministro do Esporte, André Fufuca, também é incerto. O PP, assim como o União Brasil, pediu que ele deixe o governo federal, porém, Fufuca ainda não demonstrou interesse em deixar seu cargo, mesmo com a possibilidade de se candidatar ao Senado em uma chapa apoiada por Lula.

O governo está em uma fase crucial, onde as decisões tomadas podem impactar não apenas a estabilidade ministerial, mas também a configuração política para as eleições de 2026. A pressão para que mudanças ocorram de forma rápida e eficiente é alta, e o desafio está em manter o equilíbrio entre as alianças políticas e as necessidades eleitorais que se aproximam.

Em um pano de fundo eleitoral cada vez mais turbulento, o presidente Lula deve liderar sua equipe em um momento decisivo e saber como mexer as peças da Esplanada sem desestabilizar sua base de apoio e sua própria futura candidatura.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes