Nesta quarta-feira (1º), um grupo de mulheres corajosas que já enfrentaram ou ainda enfrentam o câncer de mama chegaram ao Santuário Nacional de Aparecida, em uma emocionante peregrinação de três dias. A jornada, que partiu da cidade de Paraisópolis, em Minas Gerais, percorreu um total de 110 quilômetros, unindo a fé à conscientização sobre a doença que afeta milhares de brasileiras.
Uma caminhada de fé e superação
O grupo, que se originou na cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo, foi formado não apenas por mulheres em tratamento, mas também por profissionais de saúde que apoiam a causa. A motivação por trás dessa romaria é promover a conscientização sobre o câncer de mama, além de demonstrar os efeitos positivos que a prática de atividades físicas pode ter durante o tratamento.
“As mulheres conseguem realizar [o percurso] e mostram que a doença é uma condição, mas não estabelece que ela não é capaz – é o contrário, porque movimento é tratamento”, enfatizou o educador físico Giuliano Esperança, que acompanhou o grupo durante a peregrinação.
A importância da espiritualidade no tratamento
Outro membro importante da equipe foi o médico mastologista, Daniel Buttros, que ressaltou a necessidade de equilibrar a espiritualidade com os tratamentos científicos. “É um momento que tento trazer todas as minhas energias para demonstrar que o caminho de cura não é só o tratamento científico, que é muito importante, mas é dar as mãos, caminhar juntos em pé de igualdade e tentar buscar espiritualidade, que faz muita diferença”, declarou.
As histórias de superação compartilhadas entre as participantes foram emocionantes. A aposentada Idária Salve, que venceu o câncer em 2021, participou da romaria deste ano e contou que sua fé em Nossa Senhora foi um grande apoio durante toda a sua trajetória de tratamento. “É maravilhoso. É uma sensação que a gente não tem como explicar, principalmente pra mim, sempre passando por altos e baixos, ver todo esse pessoal dando força pra gente”, comentou.
Caminhando juntas na fé e na solidariedade
A jornalista Helena Galante, outra participante da caminhada, está atualmente em tratamento e compartilhou suas emoções durante o percurso. “No último dia, tive a honra de receber essa imagem de Nossa Senhora, que vai me acompanhar no final do tratamento e pra sempre, para poder abençoar. Acho que é isso que a gente tem que fazer, uns nas vidas dos outros: oferecer uma palavra de gentileza, de amor, de cuidado, de apoio. Foi isso que encontrei no caminho. Foi muito bonito”, disse.
Ao chegarem ao Santuário Nacional, as peregrinas aproveitaram para visitar os diferentes espaços, como a Sala das Promessas, onde puderam relembrar suas histórias e celebrar a superação e a vida.
Reflexão e conscientização: um caminho a ser seguido
Esta romaria não é apenas uma demonstração de fé, mas também um ato de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e a inclusão de práticas que promovem bem-estar durante o tratamento. A força e a união do grupo inspiram outras mulheres a enfrentarem suas batalhas com coragem e solidariedade.
No espírito desse evento, que combina fé, saúde e empoderamento, fica a mensagem de que a luta contra o câncer de mama é uma jornada que pode ser trilhada com apoio mútuo e a determinação de viver plenamente. O Santuário de Aparecida, portanto, não foi apenas um destino físico, mas um símbolo de esperança e superação para todas que participaram desta jornada.
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