Brasil, 2 de outubro de 2025
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Tarcísio de Freitas é criticado por ministro por apoiar Bolsonaro

O clima político em São Paulo e Brasília continua tenso, especialmente após uma declaração do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que criticou abertamente o governador estadual, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Teixeira acusou o governador de “abandonar” suas responsabilidades administrativas para se dedicar a assessorar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi recentemente condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Críticas de Teixeira

A declaração de Teixeira foi feita durante uma entrevista à coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles. Segundo o ministro, o governador deveria ter comparecido à posse do novo presidente do STF, Edson Fachin, ao invés de visitar Bolsonaro, que está em prisão domiciliar em Brasília.

Teixeira disse: “Eu vejo o governo Tarcísio de Freitas. Vejo que é um governo que abandonou São Paulo e cuida do Bolsonaro. Onde estava Tarcísio de Freitas?” Referindo-se à importância da posse como um compromisso institucional que representa o estado de São Paulo.

Visita ao ex-presidente

A visita de Tarcísio a Bolsonaro não foi apenas um gesto privado, mas também ganhando conotações políticas. Depois do encontro, o governador fez declarações abordando a proposta de anistia para aqueles envolvidos nos eventos de 8 de janeiro e na violação da democracia, mencionando que a proposta discutida no Congresso não satisfazia a Bolsonaro.

Tarcísio, abordando a questão da anistia, ofereceu uma perspectiva cautelosa, afirmando que o tema não foi especificamente tratado na reunião, embora tenha ressaltado sua posição favorável à anistia, evocando precedentes históricos.

A resposta de Tarcísio

Em resposta às críticas, Tarcísio disse que seu encontro com Bolsonaro foi motivado por amizade e apoio, mas não se esquivou de apresentar suas ambições políticas. Ele declarou estar “candidado à reeleição em 2026” e ressaltou sua empatia pelo ex-presidente, que enfrenta dificuldades pessoais e de saúde desde o ataque de faca em 2018.

“É muito triste. A gente conversando e ele soluçando o tempo todo,” relatou Tarcísio, enfatizando a natureza emocional do encontro. Este gesto foi interpretado por muitos como um movimento estratégico em sua campanha de reeleição e como uma forma de reforçar laços com a base bolsonarista.

Contexto político e alianças

A discussão sobre anistia e a relação de Tarcísio com Bolsonaro não são questões isoladas. Nas últimas semanas, aliados do ex-presidente têm reiterado que qualquer movimento em direção a uma anistia parcial ou a revisão de penas ocorreria sem o consentimento da família Bolsonaro, que continua a permanecer firme na narrativa de perseguição judicial.

O encontro entre Tarcísio e Bolsonaro reuniu também figuras políticas importantes, como o senador Flávio Bolsonaro, e foi descrito como um gesto não apenas de amizade, mas também uma reafirmação das alianças da direita para 2026.

As críticas de Teixeira, além de refletir a tensão entre diferentes grupos políticos, também revelam um momento crucial no cenário eleitoral do Brasil, onde as posturas em relação ao ex-presidente estão cada vez mais polarizadas. Se por um lado existem atuações que buscam unir forças para 2026, por outro, há um clamor por responsabilidade e comprometimento com os interesses de São Paulo.

Essa situação não apenas aumenta a pressão sobre Tarcísio de Freitas, como também instiga um debate mais amplo sobre o futuro da política no Brasil à medida que se aproximam as próximas eleições.

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