Brasil, 1 de outubro de 2025
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Defesa de tagliaferro se manifesta após detenção na itália

A defesa de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Moraes, se pronuncia após sua detenção pela polícia italiana por extradição.

A defesa de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, divulgou nota nesta quarta-feira (1º/10) após ele ter sido levado a uma delegacia pela polícia italiana. Segundo os advogados, o procedimento ocorreu apenas para notificá-lo formalmente sobre um processo de extradição em andamento no Brasil, vinculado à Petição 12.936, que está relacionada ao Inquérito 4.972 no STF.

Contexto da detenção

De acordo com o comunicado, Tagliaferro entregou voluntariamente seus documentos, assumiu o compromisso de não deixar a cidade onde vive e aguarda o andamento do processo para contestar as medidas adotadas. A defesa classificou as ações como “arbitrárias, impertinentes e absolutamente ilegais”. “Por fim, registramos que adotaremos as medidas jurídicas cabíveis, no Brasil e na Itália, para esclarecer os fatos com total respeito pelas Cortes e confiança na Justiça”, finalizaram na nota emitida.

Após ser liberado, o próprio Tagliaferro publicou um vídeo em redes sociais no qual afirmou não ter sido preso. “Foi só um procedimento de informação. Não fui preso, estou em casa, de boa, e vamos continuar lutando contra esse criminoso chamado Alexandre de Moraes”, declarou.

A gravidade das acusações

Tagliaferro é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ele é investigado por supostamente ter repassado à imprensa diálogos e documentos sigilosos de servidores ligados ao ministro Moraes, que teriam sido divulgados pela Folha de S.Paulo.

O ex-assessor chegou a ser indiciado pela Polícia Federal em abril deste ano. Em agosto, Moraes enviou ao Ministério da Justiça um pedido de extradição, e as contas bancárias de Tagliaferro foram bloqueadas por ordem judicial.

Acusações mútiplas

Tagliaferro, por sua vez, acusa o ministro de fraudar relatórios em uma operação contra empresários investigados em 2022, quando ainda trabalhava na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cargo que ocupou entre agosto de 2022 e julho de 2023.

No início de setembro, Tagliaferro participou remotamente de uma sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado, onde levantou suspeitas contra Moraes e questionou a atuação do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O que diz Alexandre de Moraes

As acusações têm sido rebatidas pelo ministro Alexandre de Moraes. Em nota divulgada em setembro, sua assessoria afirmou que todos os relatórios elaborados nos inquéritos das “Fake News” e das “milícias digitais” se restringiam a descrever postagens ilícitas em redes sociais, em conformidade com os objetivos das investigações. O gabinete do ministro também ressaltou que todos os procedimentos foram oficiais, contaram com a participação da PGR e seguiram os ritos legais.

A situação de Eduardo Tagliaferro exemplifica as tensões políticas vigentes no Brasil, especialmente quando se trata de ações que envolvem figuras públicas e o sistema judiciário. A continuidade desse caso, com suas ramificações legais e políticas, promete ser um tema recorrente nas próximas semanas, à medida que se aguarda o desdobramento da extradição e as reações dos envolvidos.

Além disso, a busca por justiça em meio a acusações mútuas ressalta a complexidade do sistema jurídico brasileiro e a importância de se garantir um julgamento justo e imparcial, independentemente das circunstâncias.

Num período em que as disputas políticas são intensas, o caso Tagliaferro pode ter implicações que vão além das questões legais, afetando a imagem e a credibilidade do STF e de seus ministros, inclusive Alexandre de Moraes, que já lida com críticas relacionadas à sua postura em casos polêmicos.

Por isso, aqueles que observam o cenário político nacional se perguntam: qual será o futuro de Eduardo Tagliaferro e as repercussões do seu caso na realidade política brasileira?

Essas questões são centrais para entender o panorama atual e suas possíveis implicações para o futuro da política e da justiça no Brasil.

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