Donald Trump, o 47º presidente dos Estados Unidos, tem assinado ordens executivas a um ritmo sem precedentes durante seu segundo mandato. Segundo uma análise dos dados realizada pelo Mirror US, Trump já assinou 206 ordens desde sua posse em 20 de janeiro de 2025, superando todos os presidentes que o precederam desde a Segunda Guerra Mundial.
Um aumento explosivo nas ordens executivas
Até o momento, Trump assinou 141 ordens apenas nos primeiros 100 dias de seu segundo mandato, um número impressionante que eclipsa seus predecessores. Esse aumento no número de ordens executivas representa um padrão emergente e sem precedentes na política americana. Em comparação, Franklin D. Roosevelt, que é conhecido por seu uso extensivo de ordens executivas, assinou 99 em seus primeiros 100 dias, enquanto Joe Biden assinou apenas 42.
Retornos impressionantes em menos de um ano
No primeiro dia de seu retorno ao cargo, Trump assinou 26 ordens executivas, o maior número registrado até hoje para um primeiro dia de mandato presidencial desde 1937. Em seu discurso inaugural, ele prometeu que essas ordens representariam uma “restauração completa da América”. Entre as ordens já assinadas estão imposições de tarifas elevadas, o término da cidadania por direito de nascimento e mudanças nas políticas de diversidade e inclusão nas forças armadas.
Compromissos com causas específicas
Um dos mais recentes atos do presidente foi uma ordem assinada para direcionar um investimento de 50 milhões de dólares em pesquisas sobre câncer infantil guiadas por inteligência artificial, demonstrando um compromisso com questões específicas que atingem a infância. Além disso, Trump também criou um ambiente propício para um possível acordo que poderia transferir a propriedade majoritária do aplicativo TikTok para norte-americanos, o que gerou polêmica e debate na esfera pública.
Comparação com a primeira presidência
No total, durante seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, Trump assinou 220 ordens executivas. Portanto, em seu segundo mandato, ele já está próximo de alcançar esse número em menos de um ano. É fundamental ressaltar que a utilização de ordens executivas remonta à presidência de George Washington, mas a velocidade e a quantidade com que Trump está agindo neste momento são notáveis.
Trump em busca de um novo recorde
Apesar de seu ritmo acelerado, Trump ainda não detém o recorde de ordens executivas emitidas durante uma presidência. Esse título pertence a Franklin D. Roosevelt, que assinou mais de 3.700 ordens ao longo de seus quatro mandatos, em resposta a crises significativas como a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial.
As ordens executivas são uma forma de um presidente exercer suas funções legais, mas não representam uma fonte própria de poder. Eles devem sempre ser derivados de alguma outra autoridade legal, como um estatuto ou uma disposição da Constituição. Vários atos assinados por Trump, como a ordem de cidadania por direito de nascimento, foram contestados nos tribunais federais, o que poderá afetar o número total de suas iniciativas.
Com o ritmo crescente de ordens executivas durante esta presidência, Trump pode estar a caminho de quebrar o recorde estabelecido por Roosevelt, que poderia ser um fator decisivo em seu legado político e na percepção pública de sua liderança.
Por fim, o futuro promete uma continua vigília sobre as ações do ex-presidente e o impacto que suas decisões podem ter a longo prazo na política americana.
