Brasil, 1 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Trunfo de Trump: novo aceno a Lula e perspectivas de diálogo

A relação entre Brasil e EUA ganha novos ares com a aproximação entre Lula e Trump, segundo o ministro Mauro Vieira.

O clima nas relações Brasil-Estados Unidos parece estar mudando após o aceno do presidente norte-americano, Donald Trump, ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante a assembleia geral da ONU na semana passada, Trump expressou interesse em dialogar com Lula em um futuro próximo, um gesto que foi interpretado como um sinal de uma nova disposição norte-americana para negociações em relação ao tarifaço. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, acreditava que a conversa era um passo positivo, tanto em termos de relações bilaterais quanto para mitigar as sanções impostas ao Brasil.

Expectativas crescentes e o papel da ONU

O encontro entre os líderes foi anunciado por Trump durante seu discurso na ONU no dia 23 de setembro. O tom positivo das declarações de Trump em relação a Lula foi considerado um marco importante, com o chanceler brasileiro afirmando que o governo vê essas interações como uma maneira de buscar alternativas para superar as dificuldades enfrentadas pelo Brasil nos últimos anos.

“Esses acontecimentos denotam uma nova disposição norte-americana, que evidentemente recebemos com agrado e que buscaremos nos valer para superarmos as medidas e sanções contra o nosso país.”

Essa afirmação de Vieira ilustra o otimismo do governo brasileiro em relação à possibilidade de negociar acordos menos punitivos, especialmente no contexto do tarifaço imposto por Trump, que elevou as tarifas sobre produtos importados do Brasil.

Formas de encontro e possíveis locais

O ministro Mauro Vieira mencionou que o encontro entre Lula e Trump ainda não tem uma data ou formato definido, mas pode ocorrer através de uma ligação telefônica, videoconferência ou até mesmo pessoalmente em algum evento internacional. A proposta de uma reunião em território neutro foi ressaltada por fontes do Itamaraty, que acreditam que isso poderia reduzir a exposição de Lula a possíveis surpresas que envolvem a personalidade de Trump.

O vice-presidente Geraldo Alckmin também manifestou um sentimento positivo, mas destacou a falta de informações concretas sobre a data e o formato da conversa. Este clima de expectativa é pautado pela história das relações entre os dois países, que foram marcadas por altos e baixos ao longo dos anos.

A repercussão do discurso na ONU

Em sua fala na ONU, Trump elogiou Lula de maneira informal, mencionando que ele prefere fazer negócios com aquelas pessoas de quem gosta. “Eu gosto de Lula”, disse o presidente americano, em uma declaração que provocou risadas entre os membros da assembleia. Essa interação breve, mas significativa, ocorreu logo após o discurso de abertura de Lula, que representa a primeira fala de um presidente brasileiro na ONU desde 1955, exceto nas assembleias de 1983 e 1984.

Tarifaço em foco

O histórico de tarifas agressivas e políticas comerciais entre os dois países ainda é um ponto sensível. Em abril deste ano, Trump voltou a aplicar uma alíquota padrão de 10% sobre produtos da América Latina, intensificando a pressão sobre produtos brasileiros em julho, quando anunciou a elevação das tarifas a 50% para itens importados do Brasil, o que foi rotulado por ele como uma reação a uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa tensão pode ser um dos pontos centrais a serem discutidos na futura conversa entre Lula e Trump.

Em suma, a nova dinâmica entre Brasil e Estados Unidos é marcada por um otimismo cauteloso. À medida que as negociações se aproximam, o governo brasileiro busca oportunidades de construir uma nova narrativa que possa beneficiar ambas as nações, promovendo um diálogo que, por enquanto, é aguardado com grande expectativa.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes