Restos mortais foram descobertos em um vale de mata fechada na Floresta da Tijuca, próximo ao Horto, na zona Sul do Rio de Janeiro. As autoridades acreditam que os restos possam ser do analista financeiro russo Denis Kopanev, de 33 anos, que está desaparecido há quase quatro meses. O corpo, encontrado na manhã de terça-feira (30/9), estava em estado avançado de decomposição e tinha, ao lado, a carteira do homem, a qual continha um cartão de crédito.
Desaparecimento de Denis Kopanev
Denis chegou ao Rio de Janeiro no dia 8 de junho e desapareceu na noite seguinte. Segundo a polícia, a principal linha de investigação sugere que ele pode ter sofrido um acidente enquanto caminhava em uma trilha em direção à Vista Chinesa, onde pretendia pegar outra condução. O russo, que também é cidadão britânico, foi visto pela última vez às 20h32 do dia 9 de junho, quando saiu do imóvel onde estava hospedado, localizado na Estrada Santa Marinha, no Parque da Cidade, na Gávea.
Um amigo registrou o desaparecimento de Denis, informando que ele costumava compartilhar suas localizações durante a estadia no Brasil. A última localização do celular de Denis indicou uma área próxima à Lagoa Rodrigo de Freitas, sugerindo que ele estava se deslocando em direção à mata.
Circunstâncias do desaparecimento
Denis Kopanev trabalhava na Inglaterra e planejava ficar no Brasil até o dia 18 de junho. Entre seus planos, estava uma visita a São Paulo, onde se encontraria com um amigo antes de seguir para Fernando de Noronha. A polícia, ao longo da investigação, buscou analisar dados, ouvir testemunhas e investigar contatos que Denis teve durante sua estadia no Brasil. Um dos relatos inclui um jovem com quem ele passou a noite, que disse que o russo teria consumido várias drogas antes de deixar o imóvel.
Embora Denis tivesse um novo compromisso marcado para as 17h30 na Vista Chinesa, ele não compareceu, e o homem que o aguardava acabou deixando o local. Para os investigadores, as evidências sugerem que Denis nunca deixou a área da mata, corroboradas por um anel que ele usava, que registrava seus deslocamentos. Os gráficos mostraram que, após sair da residência, Denis se manteve em movimento até o último registro do anel, que ocorreu entre às 22h e 22h30. A interrupção dos dados levantou suspeitas sobre um possível acidente ou uma intervenção externa.
Busca pela verdade
A delegada Elen Souto, responsável pela investigação, revelou que as autoridades realizaram várias operações de busca ao longo de semanas, utilizando drones, cães farejadores e até helicópteros da Polícia Civil. A busca foi dificultada pelas chuvas intensas que ocorreram na semana em que Denis desapareceu.
Apesar do estado de decomposição dos restos mortais encontrados, as roupas eram semelhantes a uma descrição apresentada de Denis, que usava uma calça bege, jaqueta beige, blusa branca e boné preto. Contudo, somente a perícia poderá confirmar a identidade da vítima. Até o momento, a linha principal da investigação continua sendo um acidente ou um mal súbito, já que Denis entrou na trilha sozinho, sem ninguém à sua espera.
Segundo a polícia, Denis cancelou uma solicitação de carro por aplicativo antes de decidir ir andando pela trilha onde acabou desaparecendo. A última localização de seu celular coincide exatamente com a área onde ele foi dado como desaparecido. Os investigadores também realizaram perícia no local, coletando vestígios que podem ajudar a esclarecer o que realmente aconteceu.
O mistério em torno do desaparecimento de Denis Kopanev continua gerando preocupações e questionamentos tanto para a família do turista quanto para as autoridades, que buscam respostas neste caso que tem refletido as dificuldades enfrentadas por turistas que visitam a cidade.