Brasil, 1 de outubro de 2025
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Regime de Kim Jong Un intensifica repressão a cirurgias estéticas

A repressão ao uso de implantes mamários na Coreia do Norte gera temor entre mulheres que buscam procedimentos estéticos.

Nos últimos meses, o regime norte-coreano de Kim Jong Un tem intensificado uma campanha rigorosa contra mulheres que se submeteram a cirurgias estéticas, em especial implantação de silicone nos seios. Esse movimento é visto como uma tentativa de reprimir qualquer vestígio de “costumes capitalistas” que contrariem o ideário socialista vigente no país.

Operação de repressão ao capital estético

De acordo com fontes de veículos de notícias sul-coreanos, a segurança do regime tem utilizado agentes disfarçados e patrulhas comunitárias para identificar mulheres que realizaram ou estão realizando procedimentos estéticos ilegais. A penalidade para essas mulheres e os médicos que as atendem pode incluir o envio para campos de trabalho forçado, um destino temido por muitos na Coreia do Norte.

Recentemente, um caso chocou a nação. Um médico foi colocado em julgamento junto com duas mulheres que realizaram a cirurgia de aumento de mamma. Durante o julgamento, os detalhes das investigações foram expostos, gerando um grande alvoroço na comunidade local. Este evento foi uma grande oportunidade para o regime demostrar sua firmeza contra o que consideram práticas “anti-socialistas”.

Um julgamento que causa impacto

O julgamento do médico e das duas mulheres chamou atenção quando documentos e equipamentos médicos utilizados nas operações foram apresentados como evidência. Informações reveladas indicam que o médico, um ex-aluno de medicina, utilizava silicone contrabandeado da China em seus procedimentos clandestinos.

Uma fonte do sul da província de Hwanghae, na Coreia do Norte, mencionou que em setembro ocorreu uma sessão pública na cidade de Sariwon, onde o médico se apresentou de cabeça baixa durante todo o julgamento, enquanto as mulheres, na faixa dos 20 anos, também se mostraram intimidadas. As duas relataram que queriam apenas “melhorar a aparência” através da cirurgia.

O promotor do caso descreveu as ações como um “ato podre de capitalismo” e o juiz prometeu penas severas, reafirmando a visão do regime sobre a submissão das mulheres às ideologias burguesas.

Investigação intensificada nas comunidades

A repressão se estende além dos julgamentos públicos. A partir das revelações do incidente, foi anunciado que mulheres em todo o país seriam sujeitas a investigações rigorosas para verificar se houve realização de cirurgias estéticas. Líderes locais foram convocados a observar mudanças físicas em mulheres da região e relatar possíveis “suspeitas” às autoridades.

As mulheres, em especial aquelas na faixa dos 20 anos, vivem agora em um clima de medo constante. Muitas delas temem que, se sua aparência mudar, sejam enviadas para análises em hospitais para comprovar se realizaram cirurgias estéticas clandestinas.

Um contexto de opressão e controle

Essa repressão se dá no contexto de uma sociedade sob um regime extremo, onde a liberdade de expressão e a autonomia individual são severamente restringidas. O Ministério da Segurança Social, que iniciou essa reação ao aumento dos procedimentos estéticos, lançou diretrizes que condenam explicitamente o que chamam de “ideologia burguesa” influenciando as mulheres na sociedade socialista.

A situação é alarmante, uma vez que as cirurgias estéticas, muitas vezes, envolvem riscos significativos à saúde, incluindo infecções e outras complicações. Medidas de infiltração, como agentes se passando por pacientes, estão sendo empregadas pelas autoridades para identificar e punir severamente os envolvidos.

Specialistas em direitos humanos, como os da Anistia Internacional, sublinham a gravidade da situação na Coreia do Norte, onde o controle total da vida cotidiana das pessoas e da expressão pessoal é uma realidade. As mulheres em busca de autonomia sobre seus corpos enfrentam agora um dilema perigoso, entre a escolha de realizar um procedimento estético e a probabilidade de severas consequências legais.

Com a repressão aumentando, a sociedade norte-coreana se vê em um ponto crítico, onde até mesmo a busca por padrões de beleza é motivo de punição e controle estatal, reafirmando a opressão característica do regime de Kim Jong Un.

Como conclusão, este cenário evidencia uma violação incessante dos direitos humanos, clamando por atenção internacional e uma possível reconsideração nas dinâmicas de controle que permeiam a vida dos cidadãos norte-coreanos.

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