Brasil, 1 de outubro de 2025
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Fraudes na saúde do Piauí resultam em prisões e bloqueios milionários

O governador do Piauí, Rafael Fonteles, se manifestou sobre as investigações de fraudes na saúde pública do estado, destacando penalidades.

Nesta quarta-feira, 1º de outubro, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, fez declarações contundentes a respeito das operações da Polícia Federal que apuram fraudes suspeitas envolvendo contratos públicos da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) e da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina. A operação, que resultou na prisão de dois gestores de Organizações Sociais de Saúde (OSS) e no afastamento de dois servidores, desencadeou uma série de investigações que detectaram um possível desvio de recursos na área da saúde.

Prisão de gestores e bloqueio de bens

De acordo com informações divulgadas, a Polícia Federal bloqueou cerca de R$ 66 milhões das contas dos investigados, além de apreender veículos luxuosos, como Porsche e Volvo, e itens de alto valor, como relógios Rolex e dinheiro em espécie, incluindo dólares e aproximadamente R$ 1 milhão. O governador Fonteles foi claro: “Quem tiver problemas, vai ter que cumprir as penalidades da lei.” Ele enfatizou a importância da colaboração de todas as secretarias do governo com as investigações em curso.

Operações Omni e Difusão

A Operação Omni, que foi coordenada pela PF, identificou indícios de fraudes na contratação da OSS que gerencia hospitais estaduais, com foco principal no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), localizado em Parnaíba. As investigações revelaram suspeitas de superfaturamento de cerca de R$ 66 milhões, além de indícios de lavagem de dinheiro, favorecimento pessoal e o uso de documentos falsificados.

Além disso, a Operação Difusão está apurando possíveis irregularidades na contratação de uma empresa responsável por serviços de hemodiálise. Conforme a PF, há suspeitas de que um agente público tenha atuado para beneficiar a empresa contratada, levantando preocupações sobre a legalidade dos contratos firmados.

Transparência e legislação

O governador do estado destacou que a Sesapi realiza auditorias regularmente e que não recebeu informações concretas sobre a operação até o presente momento. “Temos que aguardar o desenrolar dos fatos para saber quem realmente tem culpa no cartório”, disse Fonteles. O papel da Sesapi e da FMS é fundamental nesse processo, pois ambas as entidades asseguraram que estão dispostas a colaborar com as autoridades competentes, mostrando seu compromisso com a transparência e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos.

Reações das instituições envolvidas

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) afirmou que se mantém à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos e reafirmou seu compromisso com a boa aplicação dos recursos públicos. A FMS, por sua vez, declarou que ainda não foi oficialmente notificada a respeito das investigações e que também está pronta para colaborar com o que for necessário.

O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) reiterou a legalidade de suas operações e afirmou que quando forem oficialmente notificados, apresentarão toda a documentação necessária às autoridades. O hospital garantiu que sua administração é pautada pela ética e pela transparência na gestão dos serviços de saúde.

Impacto das investigações na saúde pública

As operações da Polícia Federal evidenciam um problema sério em contratos de saúde pública no Piauí. Com o desvio de recursos, a qualidade dos serviços de saúde prestados à população pode ser severamente comprometida. As investigações em andamento visam restaurar a confiança da população nas instituições e assegurar que os recursos destinados à saúde sejam utilizados de forma eficiente e transparente.

Além disso, a quebra de sigilo em aparelhos eletrônicos dos envolvidos pode revelar se há mais servidores públicos implicados nas fraudes, o que representa um risco maior à boa governança na saúde do estado. A população espera que as investigações resultem em punições severas para aqueles que se aproveitam de cargos públicos para beneficiar interesses pessoais, prejudicando assim a saúde de todos os cidadãos piauiense.

As ações da PF, juntamente com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), demonstram um esforço colaborativo em prol da transparência e da correta aplicação dos recursos públicos, trazendo à tona a necessidade urgente de reformas e um controle mais rígido sobre as OSS e a gestão da saúde no Brasil.

À medida que os desdobramentos dessas operações se revelam, a sociedade civil e os órgãos de controle devem continuar vigilantes para garantir a integridade e a prestação de serviços de saúde de qualidade à população do Piauí.

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