Brasil, 1 de outubro de 2025
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Dono de construtora é indiciado por 4 crimes após desabamento de ponte

A falta de sinalização em obra em Caseara causou acidente com feridos. Construtora e responsável foram indiciados pela polícia.

No último dia 31 de agosto, um grave acidente em Caseara, no oeste do Tocantins, atraiu a atenção das autoridades e da comunidade local. Com a conclusão das investigações pela Polícia Civil, ficou evidenciado que a falta de sinalização em uma obra contribuiu para o capotamento de um veículo, deixando quatro pessoas feridas. O responsável pela construtora envolvida no incidente foi indiciado por quatro crimes de lesão corporal culposa.

A relação entre o acidente e a falta de sinalização

O acidente ocorreu quando uma família se deslocava por uma estrada vicinal que liga o município de Caseara a um assentamento. De acordo com os relatos, o veículo, que estava ocupado por cinco membros da mesma família, caiu em uma área da obra da ponte, resultando em um capotamento. Do total de ocupantes, apenas um bebê de seis meses não sofreu ferimentos, pois estava devidamente protegido em uma cadeirinha.

O despachante responsável pela obra, identificado como José Lucas Melo, ressaltou que a falta de sinalização no local foi o principal fator que levou ao acidente. Apesar da construtora, a Orion Construtora, afirmar que a área estava devidamente sinalizada, o delegado concluiu que as condições não eram adequadas para a segurança dos motoristas que transitavam pelo trecho.

Responsabilidades e repercussões legais

A Orion Construtora emitiu uma nota em que se defende, alegando que havia uma barreira de proteção de mais de um metro de altura e que um desvio havia sido construído para os veículos. A empresa afirmou que a família possuía conhecimento do desvio, mas resolveu ignorá-lo. Em resposta, o delegado destacou que a responsabilidade de manter a sinalização é do responsável pela obra durante todo o período de alterações na via.

Com o laudo pericial já finalizado, a Polícia Civil determinou que o dono da construtora irá responder por quatro crimes de lesão corporal culposa, considerando o número de feridos no acidente. A investigação também apontou que o Poder Público poderá ser responsabilizado, porém, como essa questão se trata de esferas cíveis e administrativas, a análise ocorrerá em outro contexto.

O impacto emocional e as ações da construtora

A comunidade local foi abalada pela gravidade do acidente, e a repercussão gerou um clamor por maior fiscalização e segurança nas obras em andamento. Os membros da família envolvida no acidente expressaram sua gratidão pelo fato de não terem sofrido ferimentos fatais, mas a situação trouxe à tona dúvidas sobre a responsabilidade e os cuidados que devem ser tomados por construtoras em obras próximas a vias públicas.

A Orion Construtora, embora tenha oferecido auxílio à família, alegou que este não foi solicitado. A nota divulgada pela empresa repercutiu nas redes sociais e, enquanto espere o resultado do laudo pericial, a comunidade mantém a expectativa de que ações corretivas sejam implementadas para evitar novos acidentes.

Próximos passos após a conclusão das investigações

Após a conclusão do inquérito, o caso será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para que sejam tomadas as devidas providências. O delegado enfatizou a necessidade de prevenir situações similares no futuro e garantiu que a investigação revelou a falta de sinalização como uma causa determinante para o acidente, que poderia ter tido consequências ainda mais trágicas.

A comunidade e os familiares dos feridos seguem em busca de justiça e melhorias nas condições de segurança das obras em andamento, sendo que o caso levanta questões cruciais sobre a responsabilidade das empresas no respeito à segurança pública. A esperança é de que lições sejam aprendidas e que acidentes como esse não se repitam.

Diante da gravidade da situação, a discussão sobre a segurança em obras de construção civil e sua relação com a comunidade se torna cada vez mais essencial. Este acidente serve como um alerta não apenas para construtoras, mas também para as autoridades responsáveis pela fiscalização das obras no Brasil.

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