Brasil, 1 de outubro de 2025
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Reforma do IR pode ampliar isenção para quem recebe até dois salários mínimos

Proposta do governo Lula busca reduzir o impacto do imposto de renda para milhões de brasileiros com ganhos até R$ 3.036

O governo Lula avalia uma mudança na legislação do imposto de renda que pode ampliar a faixa de isenção para quem ganha até dois salários mínimos, atualmente equivalentes a R$ 3.036. A proposta busca beneficiar uma parcela maior da população, diante do impacto das alíquotas progressivas de até 27,5% para rendimentos superiores a R$ 2.259.

Limite de isenção e mecanismo de desconto simplificado

Segundo informações do Ministério da Economia, o limite de isenção para indivíduos ainda é de R$ 2.259, com alíquotas progressivas que chegam a 27,5% para quem recebe acima desse valor. No entanto, o governo utiliza um mecanismo de “desconto simplificado”, que na prática favorece quem possui rendimentos de até dois salários mínimos (R$ 3.036).

“Queremos ampliar a faixa de isenção para que mais brasileiros não precisem pagar imposto de renda”, afirmou o ministro da Fazenda, Rafael Souza, durante debate na Câmara dos Deputados.

Discussões na Câmara e impacto na arrecadação

Na próxima semana, o projeto será votado pelos deputados, com objetivo de estabelecer uma nova faixa de isenção de até R$ 5 mil anuais, o que pode representar uma redução temporal na arrecadação de impostos. Especialistas avaliam que a mudança poderia beneficiar cerca de 20 milhões de contribuintes, aliviando a carga tributária sobre as camadas mais baixas da sociedade.

“A proposta é importante para a justiça fiscal, mas é preciso avaliar o impacto nas finanças públicas”, destacou a economista Mariana Pacheco, do Instituto de Estudos Tributários.

Posições contrárias e apoio social

De um lado, associações de classe e entidades de defesa do consumidor apoiam a ampliação da isenção, argumentando que isso ajudará a reduzir a informalidade e a desigualdade. Do outro, órgãos de controle advertiram para o risco de redução na arrecadação, o que pode afetar áreas essenciais, como saúde e educação.

Perspectivas futuras

Se aprovada, a medida poderá entrar em vigor já no próximo exercício fiscal, alterando as regras do imposto de renda para milhões de brasileiros. O governo também estuda mecanismos para compensar a possível queda na arrecadação, como maior fiscalização e combate à sonegação.

Mais detalhes sobre a proposta podem ser acompanhados na matéria do G1.

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