Brasil, 1 de outubro de 2025
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PSD encaminha filiação de vice de Zema em meio a movimentações políticas

Em meio a negociações políticas, o PSD se prepara para filiar o vice-governador Mateus Simões e disputa por apoio no estado.

No cenário político de Minas Gerais, o PSD está se movimentando para filiar o atual vice-governador Mateus Simões, que atualmente é filiado ao Novo. Essa movimentação surge em um momento em que o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) está considerando deixar a corrida ao governo estadual para se candidatar a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa é de que essa filiação seja anunciada em breve, conforme afiram interlocutores próximos ao vice-governador e à liderança do partido.

Impactos da filiação de Simões na política mineira

A filiação de Simões ao PSD terá implicações significativas para a composição política do palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado de Minas Gerais. Simões é um aliado próximo do governador Romeu Zema (Novo), que deve deixar o cargo para se candidatar à presidência da República em 2026, o que abre espaço para o vice-governador.

Além disso, Mateus Simões havia se mostrado interessado em estabelecer uma aliança com o PSD nos últimos meses, embora houvesse relutância por parte dos dois lados em oficializar essa filiação. No entanto, agora, com a iminente saída de Zema, a tendência é que os acordos políticos se concretizem rapidamente.

O papel do PL e de Jair Bolsonaro nas eleições

Simões ainda está em busca de apoio do PL e do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também estão considerando suas opções para o governo de Minas. Existe a expectativa de que a candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas (Republicanos), com o apoio do PSD, possa ajudar a consolidar alianças neste bloco político. A movimentação em torno de Simões está sendo observada com atenção, visto que uma aliança sólida poderá influenciar favoravelmente as próximas eleições estaduais.

O cenário do PSD e a candidatura de Pacheco

Como parte de uma estratégia mais ampla, o PSD estava em espera enquanto avaliava a possibilidade de Pacheco concorrer ao governo de Minas. O senador tem sido uma figura alvo de atenções, especialmente do presidente Lula, que deseja o seu apoio na disputa. No entanto, Pacheco já manifestou a intenção de buscar uma vaga no STF, uma possibilidade que se tornou mais concreta com a antecipação da aposentadoria do ministro Luis Roberto Barroso.

Recentemente, durante um evento no estado, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, sublinhou a receptividade do partido à filiação de Simões, dizendo que ele seria “muito bem-vindo” na sigla. Essa afirmação foi vista como um sinal positivo para a construção de alianças eleitorais que podem se revelar decisivas nas próximas eleições.

Alternativas políticas e alianças no estado

As lideranças do PSD são cautelosas, já que a aproximação com o PT pode não ser a melhor estratégia para a eleição em Minas. Além disso, pesquisas sugerem que uma postura muito alinhada ao governo federal pode resultar em perda de votos no estado, que possui um eleitorado tradicionalmente mais alinhado à direita.

O PSD está buscando um equilíbrio entre apoiar candidatos mais alinhados com Lula e aqueles que possam atrair o voto conservador, como uma possível candidatura de Ratinho Jr. (governador do Paraná) à presidência. Conforme a situação se desenrola, o partido deve decidir como irá posicionar seus candidatos nas diversas frentes eleitorais do país.

Reação do PT em Minas e possíveis alianças

As lideranças do PT em Minas também estão se articulando para garantir um palanque forte para Lula nas eleições de 2026, especialmente em face da movimentação de Pacheco e sua possível candidatura ao STF. Em setores do PT, existe uma expectativa de que uma aliança renovada com Alexandre Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte, que recentemente se filiou ao PDT, possa fortalecer a posição do partido no estado.

Kalil, que já tinha sido derrotado por Zema em 2022, aparece como uma figura importante na tentativa de desgastar os opostos e capitalizar sobre falhas da gestão atual. A possibilidade de como Kalil e Pacheco irão se posicionar nas eleições de 2026 continua a ser um foco de intenso escrutínio político, visto que ambos têm história política em Minas e podem ambos atrair um voto significativo.

Enquanto o cenário continua a evoluir, a dinâmica entre as diferentes possíveis candidaturas e alianças políticas mostrará ser fundamental nas eleições que se aproximam. A filiação de Mateus Simões ao PSD é um sinal claro de que a política mineira está em constante mudança e que novas alianças estão sendo construídas para a disputa do poder.

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