Brasil, 1 de outubro de 2025
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Procurador que agrediu chefe em SP passa por exame de periculosidade

Brutal agressão de procurador à chefe provoca discussões sobre saúde mental e segurança no trabalho.

Um caso alarmante de agressão no ambiente de trabalho em São Paulo voltou a ganhar destaque nas notícias. O procurador Demétrius Oliveira Macedo foi filmado agredindo brutalmente sua chefe, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, durante expediente na Prefeitura de Registro. O episódio, que gerou indignação e abalo no funcionalismo público, está agora em nova fase com a recente avaliação de periculosidade do agressor.

Agressão brutal e diagnóstico psiquiátrico

Em julho de 2022, Demétrius agrediu Gabriela com socos e chutes, ato que foi registrado por uma funcionária do setor. Desde então, ele foi preso e encaminhado a um hospital psiquiátrico, onde recebeu o diagnóstico de esquizofrenia paranoide. No início deste ano, foi absolvido pela Justiça, sendo considerado inimputável, o que significa que não pode ser responsabilizado legalmente por suas ações devido à sua condição mental.

Exame de periculosidade e evolução do tratamento

Recentemente, Demétrius passou por um exame de verificação da cessação de periculosidade (EVCP). O objetivo deste exame é avaliar se a pessoa ainda representa um risco para a sociedade. De acordo com o laudo do perito, embora ele ainda tenha características de periculosidade, apresenta controle sobre seus instintos e, portanto, teve sua transferência recomendada para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico II, localizado em Franco da Rocha, São Paulo.

O laudo, que foi obtido pelo portal de notícias g1, destacou que, após o tratamento medicamentoso, Demétrius mostrou uma acentuada melhora em seu estado mental. Ele foi descrito como ativo, lúcido e consciente, apresentando um julgamento crítico mais equilibrado. De acordo com o perito, ele reconheceu que o comportamento agressivo foi impulsionado por um surto psicótico, uma condição que não o isenta de responsabilidade moral, mas que justifica sua condição legal.

Repercussões e a defesa do procurador

A defesa de Demétrius, liderada pelo advogado Marco Antônio Modesto, salientou que ele vem recebendo uma assistência multidisciplinar no hospital onde se encontra internado. A defesa afirmou também que a melhora no quadro psiquiátrico do procurador é evidente e sustentada por laudos médicos. Entretanto, o debate sobre sua libertação e o seu retorno ao convívio social continua a gerar controvérsias.

A visão de especialistas sobre frangofilia e saúde mental

Um ponto interessante que emergiu na discussão sobre o caso é o conceito de “frangofilia”, diagnosticado como um comportamento compulsivo de quebrar objetos. Especialistas, como o médico psiquiatra Fellipe Miranda Leal, explicaram que tal comportamento não constitui uma doença específica, mas está relacionado a outras condições psiquiátricas. A esploração desses transtornos em contextos de agressão levanta uma questão maior sobre a prevenção de atos violentos no ambiente profissional.

Considerações finais e segurança no ambiente de trabalho

O caso de Demétrius Oliveira Macedo não é um evento isolado; ele desafia as fronteiras entre saúde mental e responsabilidade legal. A falta de apoio e compreensão em relação às condições que levam a comportamentos violentos no trabalho frequentemente resulta em consequências devastadoras. Enquanto as instituições de saúde mental lutam para integrar melhor a saúde mental nas discussões sobre segurança, é essencial que ambientes de trabalho adotem medidas para garantir um espaço seguro para todos os colaboradores.

As imagens da agressão amplamente divulgadas na mídia servem como um lembrete sombrio da necessidade urgente de políticas efetivas de saúde mental nas organizações, assim como de um suporte adequado para aqueles que convivem com dificuldades psiquiátricas. O futuro de Demétrius, assim como o de muitos que enfrentam condições semelhantes, agora depende de uma avaliação rigorosa, do tratamento contínuo e das decisões judiciárias que visam equilibrar justiça e compaixão.

O caso será monitorado de perto, à medida que a comunidade busca respostas sobre como prevenir que incidentes como esse se repitam no ambiente de trabalho.

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