Brasil, 1 de outubro de 2025
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Mãe de kathlen romeu pede punição de policiais em brasília

O caso da jovem Kathlen Romeu, morta durante operação policial, segue para júri popular após decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

A morte da jovem Kathlen Romeu, de apenas 24 anos, durante uma operação policial no Complexo do Lins, no Rio de Janeiro, ganhou novos desdobramentos. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negou o recurso dos policiais acusados pelo disparo que resultou em sua morte, determinando que o caso seja levado a júri popular. Essa decisão foi recebida com alívio pela família de Kathlen, que clamam por justiça desde a tragédia em junho de 2021.

Decisão judicial e próxima fase

A juíza Elizabeth Machado Louro havia decidido, em março, que havia evidências suficientes apresentadas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil para que o caso fosse julgado por um tribunal popular. Com a negativa do recurso dos policiais, Marcos Felipe da Silva Salviano e Rodrigo Correia de Frias, eles deverão se apresentar para o júri, embora possam aguardar o julgamento em liberdade.

O desembargador Marcelo Castro Anátocles da Silva Ferreira, da Sexta Câmara Criminal, argumentou que “havendo versões distintas para o fato, o mérito da causa deve ser submetido ao Tribunal do Júri”. Essa afirmação ressalta a importância de examinar todos os detalhes e testemunhos em um julgamento mais amplo.

A luta da família por justiça

Rodrigo Mondego, advogado da família de Kathlen, expressou sua satisfação com a decisão do tribunal. “Agora, a luta será convencer os jurados do que é evidente: Kathlen foi assassinada, e seus assassinos devem responder por esse crime. A justiça caminha, muito lentamente, mas caminha”, afirmou Mondego, ressaltando a esperança de que o júri traga justiça à defunta e à sua família.

O que aconteceu com Kathlen Romeu?

A tragédia envolvendo Kathlen ocorreu em junho de 2021, quando ela, grávida de três meses, foi alvejada por um tiro de fuzil durante uma operação da Polícia Militar. Naquele dia, Kathlen estava visitando sua avó e foi pega de surpresa pelo tiroteio que eclodiu na comunidade. Infelizmente, a jovem não sobreviveu aos ferimentos e faleceu no hospital.

Inicialmente, a versão apresentada pela Polícia Militar indicava que havia um confronto com criminosos na área no momento do incidente. No entanto, investigações realizadas posteriormente revelaram que não havia troca de tiros quando Kathlen foi atingida. Relatos de moradores da região contradizem a versão oficial, sugerindo que a jovem foi uma vítima inocente no meio do tumulto.

Fraude processual e ações dos policiais

Além da acusação de homicídio, as investigações apontaram que os policiais podem ter manipulados elementos da cena do crime, incluindo a remoção de cápsulas de munição. Essas ações levaram à denúncia de fraude processual, gerando ainda mais indignação entre os familiares e ativistas que cobram justiça para Kathlen.

Os familiares têm lutado incansavelmente para que os responsáveis pela morte de Kathlen sejam punidos. Desde o fatídico dia, eles clamam por uma investigação justa e completa, criticando a lentidão do processo judicial. A expectativa é que o júri popular traga uma nova esperança de justiça e accountability para a situação.

Este caso ressalta a problemática das operações policiais em comunidades vulneráveis e a necessidade de um exame crítico e humano dos eventos que se desenrolaram naquela fatídica tarde. A luta de Kathlen não deve ser esquecida, e sua memória continua a ser uma chamada para a ação e justiça.

O g1 está em contato com a defesa dos policiais e aguarda uma resposta sobre o caso. O julgamento, que ainda não possui data definida, é um passo importante para a família e para a sociedade que busca justiça e transparência nas ações das forças policiais.

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