Brasil, 1 de outubro de 2025
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Banco Central adia regulamentação do Pix parcelado

Sistema de parcelamento via Pix, uma alternativa para 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito, ainda aguarda regras definitivas

O Banco Central adiou a regulamentação do Pix parcelado, que visa oferecer uma linha de crédito acessível a milhões de brasileiros sem cartão de crédito. A expectativa inicial era de que as regras fossem divulgadas em setembro, mas a instituição não anunciou uma nova data para o lançamento.

Por que o Pix parcelado é importante para quem não tem cartão

O Pix parcelado permitirá que consumidores realizem compras por meio de uma opção de pagamento em parcelas, com a vantagem de receber o valor imediato. Segundo o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, essa alternativa busca ampliar o acesso ao crédito para aproximadamente 60 milhões de pessoas que ainda não possuem cartão de crédito.

Apesar da oferta do parcelamento por algumas instituições financeiras, a regulamentação busca padronizar as regras, facilitando seu uso e incentivando a competição entre os bancos. “O objetivo é criar um sistema mais transparente e competitivo para o consumidor”, afirmou Galípolo.

Como será o funcionamento do Pix parcelado

O Pix parcelado possibilitará a tomada de crédito pelo comprador, preferencialmente na mesma instituição onde possui relacionamento bancário, para parcelar uma transação via Pix. O lojista receberá o valor integral de imediato, sem precisar pagar juros ou tarifas adicionais pelos recebimentos.

Para quem estiver pagando, a possibilidade de parcelamento será oferecida através de uma linha de crédito, onde a instituição financeira define os juros e o gerenciamento de riscos, incluindo possíveis atrasos ou inadimplência. Mesmo assim, espera-se que as taxas de juros sejam competitivas, inferiores às cobradas atualmente no cartão de crédito rotativo.

Benefícios tanto para consumidores quanto para lojistas

O Banco Central destacou que o Pix parcelado é vantajoso para os lojistas, que receberão o valor à vista, sem custos extras de antecipação de recebíveis. “Diferentemente do cartão de crédito, o lojista não paga juros para antecipar o valor”, reforçou a autoridade monetária.

Já os consumidores poderão parcelar suas compras com taxas menores ou iguais às do cartão de crédito, com maior transparência e menor risco de endividamento extremo, dependendo das condições oferecidas pelos bancos.

Reações e posições do setor financeiro e do consumidor

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) classificou o Pix parcelado como uma evolução natural do sistema de pagamentos, fortalecendo sua preferência junto ao público. A entidade destacou que a oferta de linhas de crédito e suas condições será de responsabilidade de cada instituição financeira.

Por outro lado, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) criticou a postergação do regulamento, ressaltando os riscos de fraudes e o potencial aumento do endividamento dos consumidores. “O adiamento é uma oportunidade para reforçar a proteção do usuário e evitar que o Pix seja utilizado de forma indevida para gerar dívidas injustas”, afirmou o órgão.

Próximos passos e perspectivas

O Banco Central informou que, enquanto não há uma nova previsão para a regulamentação, as ofertas de crédito atreladas ao Pix já estão disponíveis no mercado, permitindo que consumidores tenham acesso a propostas de parcelamento. A expectativa é que o regulamento definitivo seja publicado em breve, consolidando as regras do Pix parcelado e fortalecendo essa modalidade de pagamento no Brasil.

Para mais detalhes, confira a reportagem completa no g1.

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