Brasil, 1 de outubro de 2025
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Verônica Abdalla Sterman assume como a segunda mulher no STM

Verônica Abdalla Sterman é a nova ministra do Superior Tribunal Militar e destaca a importância da presença feminina na Justiça.

Nesta terça-feira, Verônica Abdalla Sterman tomou posse como a segunda mulher a ocupar um cargo no Superior Tribunal Militar (STM) em seus 207 anos de história. A cerimônia, marcada por discursos significativos e o apoio de figuras importantes, representa um marco na busca por maior igualdade de gênero no Judiciário brasileiro. A nova ministra, de 41 anos e natural de São Paulo, foi nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esteve presente no evento.

Um marco na história do STM

Em seu discurso de posse, Verônica expressou sua esperança de que sua nomeação não seja apenas um símbolo, mas sim um passo efetivo rumo à equidade de gênero nas instituições de Justiça. “Que a presença feminina em nossas cortes seja natural, cotidiana e corriqueira”, disse, enfatizando a necessidade de que futuras gerações não precisem mais de datas ou estatísticas para reconhecer a igualdade de gênero.

Verônica Abdalla é advogada de formação e atuou na advocacia antes de sua indicação como ministra. Entre seus clientes, tiveram destaque a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Em sua fala, a nova ministra agradeceu ainda o apoio recebido de seus ex-clientes, reforçando os laços significativos construídos ao longo de sua carreira.

Compromisso com a Justiça

A nova ministra destacou que não pretende substituir uma visão, mas sim acrescentar outra à Justiça Militar. “Venho do lado oposto do balcão, acompanhando as dores reais das pessoas que buscam no Judiciário não apenas sentenças, mas esperança”, declarou. Essa perspectiva, segundo Sterman, é fundamental para que o Judiciário se torne mais próximo da população e capaz de entender suas necessidades e anseios.

A importância da presença feminina

Verônica Abdalla Sterman se junta à outra mulher que já ocupou uma posição de destaque na Corte, a presidente Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, que foi a primeira magistrada do STM, indicada em 2007. Atualmente, ambas ocupam duas das cinco cadeiras destinadas a civis no tribunal, que conta com um total de 15 ministros, 10 dos quais são militares.

Em seu discurso, Maria Elizabeth destacou que “a presença feminina nos espaços de poder reforça a legitimidade estatal e humaniza as instituições”. Ela elogiou a nomeação de Sterman, afirmando que a inclusão de mulheres na alta esfera do Judiciário é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Ao receber a nova ministra, Maria Elizabeth classificou a ocasião como mais um capítulo na longa e rica história do STM.

Desafios e expectativas

O ministro Artur Vidigal de Oliveira, também presente na cerimônia, mencionou que Verônica possui as qualidades necessárias para o cargo e destacou que sua nomeação celebra a capacidade do STM de se renovar. Essa chegada representa não apenas uma vitória pessoal para Sterman, mas também uma esperança renovada para a representação feminina na Justiça brasileira.

No entanto, a nomeação de Verônica não foi isenta de controvérsias. Ela enfrentou críticas provenientes da oposição, que a acusou de inflar seu currículo ao se apresentar como mestre pela Universidade de São Paulo sem ter apresentado a dissertação exigida para a obtenção do título. A nova ministra, entretanto, defendeu sua posição, assegurando que nunca alegou ter apresentado seu trabalho final e que deixou isso claro desde o início. Mesmo assim, sua indicação foi aprovada pelo Senado com um resultado expressivo de 51 votos a favor e 16 contrários.

Expectativas futuras

A posse de Verônica Abdalla Sterman é um acontecimento significante que reflete uma mudança necessária no Judiciário militar. A presença de mulheres em posições de autoridade não apenas diversifica as perspectivas, mas também é crucial para garantir que as vozes de todos os cidadãos sejam ouvidas e respeitadas. Espera-se que sua atuação como ministra contribua para um Judiciário mais inclusivo e representativo, onde a igualdade de gênero não seja apenas um objetivo, mas uma realidade cotidiana.

O evento, que contou com a presença de diversas autoridades e representantes da sociedade civil, simboliza um passo importante em direção à construção de um Judiciário que reflita a pluralidade e a diversidade do Brasil.

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