Brasil, 30 de setembro de 2025
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Shutdown pode deixar 750 mil funcionários federais sem trabalho, aponta CBO

Governo enfrenta risco de paralisação que afetaria milhares de trabalhadores e a economia dos EUA, caso não haja acordo até a meia-noite

Uma possível paralisação do governo nos Estados Unidos pode deixar até 750 mil funcionários federais afastados de suas funções diariamente, gerando uma perda estimada de cerca de US$ 400 milhões em salários, revelou um novo relatório do Congressional Budget Office (CBO). A medida, prevista para começar se o financiamento federal não for renovado até a meia-noite, pode disparar consequências profundas para a economia e a prestação de serviços públicos no país.

Implicações e efeitos econômicos do shutdown

Segundo o documento enviado aos legisladores na terça-feira, um fechamento prolongado poderia afetar bilhões de dólares em receita, além de prejudicar famílias e localidades que dependem dos serviços públicos. Apesar de legislações anteriores, como a de 2019, garantirem o pagamento retroativo aos funcionários quando o governo retomar as atividades, o CBO alertou que atrasos prolongados podem criar um efeito dominó na economia, reduzindo o consumo e impactando setores diversos.

Preparativos e repercussões nos órgãos públicos

Com a ameaça de uma paralisação, agências federais se preparam para a implementação de planos de contingência. De acordo com as orientações entregues ao Office of Management and Budget (OMB), centenas de milhares de funcionários considerados não essenciais podem ser furloughed, ou seja, afastados sem remuneração até a retomada do orçamento. Pessoas nesta condição ficam impedidas de desempenhar suas tarefas e, normalmente, não recebem pagamento retroativo, salvo no caso de uma solução negociada urgente.

Hospedando o risco de demissões

Na última paralisação, ocorrida em 2018, que durou 34 dias, cerca de 380 mil funcionários federais foram suspensos, enquanto outros 420 mil continuaram a trabalhar sem receber salários. No entanto, aquela interrupção foi parcial, pois muitos departamentos essenciais, como Defesa e Assistência a Veteranos, continuaram financiados. Desta vez, a projeção é que praticamente todo o governo seja afetado, potencialmente agravando os impactos econômicos.

Cenário político e disputas na Câmara

O impasse ocorre em um momento de forte tensão entre o Congresso e a Casa Branca. Os democratas no Senado afirmam que não votarão pela continuidade do financiamento sem a manutenção de subsídios ampliados do Affordable Care Act, que expiram ao final do ano, além de tentarem reverter cortes na saúde previstos na recente reforma tributária. Os republicanos, que têm uma maioria estreita, acusam os democratas de aproveitarem o prazo para obter concessões não relacionadas ao orçamento.

“Somente o presidente pode resolver essa situação. Nós sabemos que ele é quem manda aqui”, afirmou o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, na terça-feira, criticando a postura de Donald Trump e acusando-o de tentar “intimidar” os democratas ao se recusar a negociar.

Perspectivas e próximos passos

Com o relógio quase no zero, o futuro do financiamento federal depende de um acordo entre as partes. Caso o impasse continue, o impacto econômico se ampliará, com o risco de uma maior desaceleração da economia americana. A previsão do CBO indica que, durante a última paralisação, a economia americana sofreu uma perda definitiva de aproximadamente US$ 3 bilhões, valor que pode ser superado em uma nova crise de financiamento.

Analistas ressaltam que a resolução do conflito depende da disposição política de ambas as partes, uma vez que o governo ainda busca evitar um fechamento completo das atividades públicas, que pode aprofundar problemas econômicos e sociais no país.

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