A queda do indicador de incerteza econômica está relacionada a uma maior acomodação na situação geopolítica, especialmente no que diz respeito às tarifas e ao conflito com os Estados Unidos. Segundo especialista, apesar de os problemas ainda não estarem resolvidos, há um mapeamento mais claro dos setores mais afetados, e uma política de auxílio foi implementada para esses segmentos. Além disso, o diálogo com o governo americano se intensificou, contribuindo para uma sensação de estabilidade no cenário, o que elevou o indicador e trouxe expectativas mais otimistas para o futuro.
Perspectivas para o investimento e consumo
De acordo com a economista Anna Carolina, a melhora no indicador não significa necessariamente um aumento imediato nos investimentos futuros. Ela explica que a redução na incerteza externa está ajudando a diminuir o ruído no mercado, mas a economia interna continua enfrentando desafios, como a desaceleração prevista para 2025 e 2026, influenciada pela alta taxa de juros. “O mercado já precificou essa desaceleração, o que reflete uma expectativa de crescimento menor neste período”, afirma Anna Carolina.
Impactos da desaceleração econômica
Especialistas destacam que, embora exista uma maior clareza sobre o cenário externo, o Brasil ainda enfrenta uma trajetória de crescimento desacelerado, especialmente por conta da política monetária restritiva. Essa situação deve influenciar o consumo e os investimentos no médio prazo, embora o aumento na confiança dos empresários possa favorecer ações de curto a médio prazo.
A expectativa de maior estabilidade nas relações internacionais, aliada à diminuição das incertezas no cenário local, pode criar um ambiente mais favorável para a retomada dos investimentos. Contudo, é importante acompanhar as decições de política econômica e o andamento do diálogo com os Estados Unidos, que continuam sendo fatores determinantes para o rumo da economia brasileira.
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