Brasil, 23 de dezembro de 2025
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Confiança do consumidor no Brasil aumenta levemente em setembro

Índice de confiança do consumidor brasileiro registra pequena alta em setembro, sustentada pelo mercado de trabalho, diz pesquisa Ipsos

A confiança do consumidor brasileiro teve uma leve recuperação em setembro, com um aumento de 0,6 ponto na comparação com agosto, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30/9) pela pesquisa Ipsos. O índice atingiu 51,7 pontos, permanecendo próximo da linha de neutralidade, que é de 50 pontos, indicando uma percepção de cautela por parte dos brasileiros em relação à economia.

Confiança do consumidor revela cautela no cenário atual

De acordo com Marcos Calliari, CEO da Ipsos no Brasil, a alta de setembro reflete, em parte, uma percepção positiva sobre o mercado de trabalho, que continua aquecido, com a menor taxa de desemprego da história. No entanto, ele ressalta que a melhora ainda não é suficiente para alterar significativamente a percepção geral da população acerca da economia brasileira.

“A confiança do consumidor ainda se mantém em compasso de espera”, afirmou Calliari. Segundo ele, o mercado de trabalho funciona como um amortecedor, apoiando níveis relativamente estáveis de otimismo e impulsionando os indicadores de investimentos e de situação atual.

Contexto internacional e cenário global

Na avaliação mundial, o Brasil aparece na 10ª posição entre os 30 países analisados pela Ipsos. A Índia lidera a lista, com 57 pontos, enquanto a média global ficou em 48 pontos, abaixo da linha de neutralidade. Países como Japão (37,3), Turquia (35,4) e Hungria (34,7) tiveram os piores resultados, refletindo incertezas políticas e econômicas.

Calliari observa que, globalmente, as populações continuam atentas aos riscos políticos e econômicos, aguardando sinais mais claros de uma retomada econômica consistente. Nos Estados Unidos, a confiança recuou 2,7 pontos em relação ao mês anterior, devido às incertezas econômicas e políticas.

A Argentina também apresentou uma ligeira retração, com o país registrando 43,9 pontos ao fechar setembro, entrando pela primeira vez neste ano na lista dos cinco países mais pessimistas avaliados pela pesquisa, em meio a tensões sociais e desaceleração econômica provocadas pelas reformas do governo de Javier Milei.

Perspectivas para o mercado de consumo

Apesar do pequeno avanço, o cenário permanece de cautela entre os consumidores brasileiros, que continuam observando de perto os sinais de recuperação econômica. O mercado de trabalho, considerado um fator positivo, tem contribuído para a manutenção de níveis de confiança relativamente estáveis, embora a expectativa de melhora significativa ainda não esteja consolidada.

Segundo Calliari, a expectativa é de que a estabilidade no otimismo continue enquanto os indicadores de emprego e as reformas econômicas não apresentarem sinais mais robustos de recuperação.

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