Brasil, 30 de setembro de 2025
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Roubo e furto de celulares no Rio batem recorde com mais de 36 mil casos em 2025

Os roubos e furtos de celulares no Rio de Janeiro alcançaram um novo recorde, com mais de 36 mil casos registrados em apenas oito meses.

O Rio de Janeiro enfrenta um aumento alarmante em crimes relacionados a celulares, com mais de 36.158 ocorrências de roubo e furto registradas somente nos primeiros oito meses de 2025. Este número representa o maior índice de crimes dessa natureza desde o início da série histórica, em 2003, e equivale a uma média impressionante de 148 celulares roubados ou furtados por dia, ou seja, um aparelho a cada dez minutos.

O panorama da criminalidade no Rio

O RJ2 compilou uma série de vídeos de câmeras de segurança que evidenciam a ousadia dos criminosos no estado. As imagens, obtidas de diferentes bairros da cidade, demonstram que os assaltos ocorrem até em plena luz do dia, em locais de grande movimentação, e, em alguns casos, até nas proximidades de batalhões da polícia.

No bairro de Botafogo, por exemplo, três amigos foram abordados por um homem armado enquanto conversavam em um bar; na Freguesia, um casal teve seu celular levado por um criminoso em uma moto que ainda exigiu a senha do aparelho. Na Tijuca, um assalto foi registrado dentro de uma lavanderia, onde um bandido ameaçou os clientes com uma faca.

Regiões mais afetadas

Os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam que as áreas mais afetadas por roubos e furtos de celulares incluem o Centro, a Zona Sul e a Barra da Tijuca. Entre janeiro e agosto de 2025, foram registrados 2.984 casos nas regiões que compreendem Centro, Lapa e Paquetá. Seguindo em número, Catete, Flamengo, Glória, Laranjeiras e Cosme Velho apresentaram 2.494 ocorrências, enquanto a Barra da Tijuca, Joá e Itanhangá somaram 1.990 incidentes.

O total de 36.158 casos em todo o período revela a abrangente natureza desses crimes, que se espalham pela cidade, atingindo bairros como Tijuca, Méier, Botafogo e Ipanema. Os delitos ocorrem em horários diversos e em diversos contextos, desde roubos com uso de armas até furtos discretos em ambientes movimentados.

O reflexo na vida cotidiana dos cariocas

O aumento da criminalidade gerou mudanças comportamentais entre os cariocas, que agora adotam medidas de precaução. Regina Bernardes, aposentada, relata que prefere manter seu celular no modo silencioso e escondido em sua bolsa: “Eu não atendo na rua de jeito nenhum”, afirma, evidenciando o clima de insegurança que permeia a cidade.

Resposta das autoridades

Diante desse cenário desafiador, a Polícia Militar afirmou, em nota, que está intensificando suas ações para combater os roubos de celulares, por meio de patrulhamento ostensivo, abordagens estratégicas e operação conjunta com outras forças de segurança. A corporação ressalta que a cooperação entre os batalhões é essencial para a localização e captura de criminosos.

A Polícia Civil, por sua vez, informou que está conduzindo a Operação Rastreio, que visa desmantelar toda a cadeia criminosa envolvida na subtração e receptação de celulares. Desde o início da operação em maio, a polícia recuperou mais de 5.500 aparelhos e prendeu cerca de 350 criminosos.

Essas ações visam proporcionar uma resposta rápida e eficaz à crescente preocupação da população em relação à segurança e à proteção de seus bens. Contudo, a escalada da criminalidade revela a necessidade de um comprometimento contínuo e assertivo das autoridades para garantir um ambiente mais seguro para todos os cidadãos.

Com a insegurança pairando sobre a cidade, resta aos moradores do Rio continuar a adaptar suas rotinas, buscando formas de se proteger em um cenário de constantes mudanças e desafios.

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