O zagueiro Bremer, da Juventus, viveu uma montanha-russa emocional ao longo de sua carreira, especialmente após um grave acidente em outubro de 2024. Em uma partida da Liga dos Campeões contra o RB Leipzig, o jogador sentiu a primeira grande lesão de sua carreira, atingindo tanto o ligamento cruzado quanto o menisco do joelho. “De cara, eu sabia que tinha sido algo grave, porque estralou o joelho, fez um barulho estranho. Pensei: ‘Nunca senti isso antes'”, revela Bremer em um depoimento emocionante.
O impacto físico e emocional da lesão
Os treinos e a rotina ativa que Bremer tinha foram abruptamente interrompidos. “Nos primeiros dois meses, eu não podia colocar o pé no chão. Tive que ficar a maior parte do tempo deitado”, conta ele. A dificuldade de depender da esposa, Déborah, e de não poder levar a filha, Agatha, à escola, provocou um profundo aprendizado. “Sou um cara que não gosto de depender, mas aprendi a valorizar momentos e atividades que antes não dava atenção por conta da correria do futebol”, diz Bremer.
Aprimoramento pessoal durante a recuperação
Apesar do tempo afastado dos campos, Bremer não ficou parado. Ele intensificou seu treinamento, realizando exercícios de reabilitação tanto na Juventus quanto em casa. “Engana-se quem pensa que quando se está machucado, não se treina. Eu treinava em dobro”, explica. Para além do condicionamento físico, Bremer encontrou tempo para redescobrir hobbies há muito esquecidos, como tocar violão e escrever um livro.
Um novo livro e o poder da literatura
A experiência o levou a escrever “Bom Dia, Campeão”, uma obra que combina ensinamentos da Bíblia e histórias de esportistas como Michael Jordan e Ronaldinho Gaúcho. “O livro é uma frase ou um texto para cada dia, que ajuda a lidar com adversidades. Sempre me inspirei por Kobe Bryant e Jordan em como enfrentaram desafios”, menciona. A jornada de superação fez com que ele também aprendesse a dar mais valor à leitura e ao desenvolvimento pessoal.
Família e viagens
Bremer também aproveitou a pausa para estar mais presente na vida familiar. “No fim de semana, ficava com minha família, viajava, dava atenção a coisas que antes não conseguia.” Ele descreve uma viagem inesquecível ao Egito com a esposa e a filha, e como esses momentos se tornaram preciosos após o trauma da lesão. “Quisemos algo diferente, sempre foi uma vontade conhecer o mundo e culturas novas”, ressalta.
Retorno aos gramados e a nova perspectiva
Após meses de reabilitação, o zagueiro finalmente voltou aos gramados em agosto de 2025, onde reencontrou seu espaço na equipe e consolidou seu papel como líder. “Parece que era meu primeiro jogo como profissional”, confessa sobre a ansiedade que sentiu antes de sua estreia após a lesão. A expectativa agora gira em torno da Copa do Mundo de 2026, onde ele sonha em estar de volta à seleção brasileira.
Uma nova empatia
O tempo afastado do futebol fez com que Bremer desenvolvesse uma nova empatia pelos seus colegas que enfrentam problemas semelhantes. “Quando você sofre uma lesão desse tipo, começa a ter mais empatia pelo próximo. Você sabe o que significa sofrer e ter que trabalhar mentalmente para retornar”, revela. Ele acredita no poder mental e na superação que é necessária após um trauma tão significativo.
Bremer, agora se sentindo mais forte tanto fisicamente quanto mentalmente, está determinado a levar sua carreira e seus aprendizados a níveis ainda mais altos. Espera, dentro de um futuro próximo, não apenas brilhar na Juventus, mas também novamente no cenário internacional.