Dana White, o presidente do UFC, é uma figura emblemática que conduziu a organização de um status quase irrelevante em 2001 para um gigante global avaliado em mais de US$ 15 bilhões. Com uma abordagem autoritária e decisões ousadas, White tornou as artes marciais mistas um espetáculo reconhecido mundialmente, cativando fãs em todos os cantos do planeta e elevando o UFC a um status comparável ao de ligas tradicionais como a NFL e a NBA.
O início da jornada
White entrou para o UFC em um momento crucial, quando conseguiu convencer os irmãos Fertitta, então proprietários de cassinos em Las Vegas, a adquirir a liga por apenas US$ 2 milhões. Com 10% da sociedade e uma missão nada fácil, White começou a enfrentar desafios enormes, como o fechamento de arenas e um acúmulo preocupante de dívidas. No entanto, sua determinação em revitalizar a liga começou a dar frutos em 2005, principalmente com o lançamento do reality show “The Ultimate Fighter”. Este programa não só popularizou as figuras dos atletas, como também solidificou uma base fiel de fãs, criando um novo ambiente para o UFC.
A ascensão meteórica do UFC
Por volta de 2016, o UFC já tinha transformado suas finanças e era vendido por impressionantes US$ 4 bilhões ao grupo WME-IMG, com uma condição: Dana White deveria permanecer como CEO da organização. O auge dessa ascensão foi evidenciado em 2023, quando a Paramount Skydance anunciou um contrato de US$ 7,7 bilhões para os direitos de transmissão da liga nos Estados Unidos, permitindo a comparação do UFC com as maiores ligas esportivas do país.
Relações influentes
White sempre teve um caminho florido com relações influentes, incluindo a proximidade com personalidades políticas. Desde os primeiros dias do UFC, Donald Trump se destacou como um dos poucos a abrir as portas para a liga. O cassino Taj Mahal, em Atlantic City, foi um dos primeiros locais a receber eventos do UFC, mesmo quando muitos outros se recusavam a sediar as lutas. Esse relacionamento se fortaleceu ao longo dos anos, com Trump até mesmo oferecendo a Casa Branca como palco para um evento histórico do UFC.
Além disso, White participou de momentos políticos marcantes, como a posse de Trump, onde foi destacado entre ex-presidentes. O momento em que Barack Obama foi o único a cumprimentá-lo pessoalmente só acrescenta à narrativa de uma figura que transita entre os esportes e a política de maneira significativa.
Estilo e impacto cultural
Reconhecido por suas decisões firmes, White não tem medo de mostrar seu estilo agressivo. Ele já chegou a arrombar uma porta de um caminhão de transmissão de TV ao vivo quando suas ordens não foram respeitadas, levando a demissões em massa. O público majoritariamente masculino do UFC, constituído por fãs entre 18 e 34 anos, é descrito por ele como “orgulhosamente masculino”.
A liberdade de expressão no UFC
Além das diretrizes de negócios, White defende a liberdade de expressão entre os atletas da liga. Em um tempo onde a cultura do cancelamento é um tema debatido, White se posiciona contra qualquer tentativa de silenciar vozes, sustentando que os lutadores devem ter a liberdade de fazer declarações, mesmo que controversas.
O futuro do UFC sob a liderança de Dana White
Com Dana White à frente, o UFC mostra um futuro repleto de possibilidades. Seu estilo de gestão arrojado e sua capacidade de inovar e se adaptar às mudanças do mercado têm sido fundamentais para solidificar a liga como uma das mais respeitadas e lucrativas do mundo. Olhando para o futuro, a expectativa é que o UFC continue a expandir sua influência e a criar um legado duradouro nas artes marciais mistas.
Em resumo, Dana White não só transformou o UFC em uma potência de bilhões de dólares, mas também alterou para sempre o cenário das artes marciais, fazendo com que a liga se tornasse um ícone cultural que transcende o esporte.
