Brasil, 30 de setembro de 2025
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Lula enfrenta desafios para manter aliados do Centrão no Nordeste

Presidentes de partidos no Nordeste questionam aliança com Lula. Tensão em palanques para 2026 pode impactar o futuro do PT.

A relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os dirigentes dos partidos do Centrão enfrenta sérios desafios, especialmente na região Nordestina, onde tradicionalmente Lula possui forte apoio. As disputas em torno da definição dos palanques eleitorais para a eleição de 2026 estão gerando atritos entre o PT e seus aliados, o que pode trazer complicações significativas para o futuro político do presidente.

Desafios com a federação União Brasil e PP

Um dos principais obstáculos se deve à federação entre o União Brasil e o PP, que está pressionando pelo desembarque do governo de Lula e dificultando a construção de alianças nos estados. No cenário atual, o PP é um aliado do PT em importantes estados nordestinos como Ceará, Bahia e Paraíba. No entanto, a criação dessa federação pode levar esses partidos à oposição, minando a base de apoio de Lula.

No Ceará, por exemplo, uma ala do União Brasil se aproxima do ex-governador Ciro Gomes, um crítico ferrenho do presidente, enquanto outra ala ainda mantém laços com os petistas. Isso demonstra como as divisões internas do partido estão criando um cenário instável para o apoio a Lula na região.

Candidaturas e alianças em perigo

Com a possível candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a situação se complica ainda mais. Embora sua candidatura tenha perdido força recentemente, se isso se concretizar, o cenário no Nordeste poderia mudar substancialmente. Tarcísio é apoiado por estrategistas do Centrão e sua candidatura pode influenciar os palanques estaduais com partidos como o Republicanos e o PSD, que até agora estavam alinhados com Lula.

Em Pernambuco, por exemplo, o PP já se afastou do apoio histórico á Lula e discute como garantir a presença na oposição em face da crescente influência do União Brasil no estado. O deputado Claudio Cajado (PP-BA) destacou a necessidade de observar o cenário nacional: “Há uma tendência para Lula, mas será crucial identificar quem será o candidato da oposição.”

Rivalidades complicam a relação entre aliados

Enquanto isso, governadores como Fábio Mitidieri (Sergipe) e Raquel Lyra (Pernambuco), ambos do PSD, estão dialogando com o governo federal, mas possuem rivalidades que dificultam garantir apoio pleno ao presidente. Há uma expectativa entre os governadores de que, caso o PSD lance um candidato, eles podem não dar palanque a Lula, mesmo que estejam próximos a ele.

Essa situação avançou a tal ponto que mesmo a aliança do PSD com o PT na Bahia está sendo questionada. O temor da perda de uma vaga no Senado para o PSD, agravada pelas manobras do PT para garantir a presença de candidatos como Jaques Wagner e Rui Costa no pleito, também está gerando tensões. As ameaças de não apoiar a recondução de Jerônimo Rodrigues como governador estão sendo projetações relevantes dentro do PSD.

Impactos no cenário eleitoral de 2026

Analistas políticos estão divididos quanto à gravidade da crise entre Lula e seus aliados. A popularidade do presidente em 2024 e a definição de seus adversários na eleição poderão ser determinantes no sucesso ou fracasso das futuras alianças. Se Lula continuar a crescer nas pesquisas, há um entendimento de que seu governo poderá sustentar candidaturas mais robustas, escanteando os interesses do PSD.

Além disso, a reeleição de Tarcísio e o fortalecimento do PSD e do Republicanos nos estados nordestinos podem ainda gerar um cenário adverso para Lula. Se a disputa eleitoral se acirrar, setores até mesmo da oposição prevêem que Lula possa ter que recuar em suas pretensões para garantir a aliança com o PSD e manter seus pontos de apoio intactos nos estados.

Conclusão: Um futuro incerto

A situação atual apresenta um futuro incerto para o presidente Lula e seu partido no Nordeste. A integração de diferentes forças políticas e a necessidade de manter aliados fundamentais podem se tornar o maior desafio para o presidente nos próximos anos à medida que as eleições de 2026 se aproximam. Ficar atento às movimentações políticas pode ser a chave para que o PT mantenha sua influência e apoio na região.

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