Brasil, 30 de setembro de 2025
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Trump e Netanyahu anunciam plano de paz para Gaza

Em um evento histórico, os líderes dos EUA e Israel revelam um plano abrangente para terminar a guerra em Gaza.

No dia 29 de setembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se reuniram na Casa Branca para anunciar um plano de paz americano com 20 pontos, voltado para encerrar o conflito que já dura 724 dias em Gaza. A expectativa é que esse acordo traga uma nova era de tranquilidade, embora a aceitação do mesmo por parte do Hamas, a única facção significativa que não participou das negociações, permaneça incerta.

Detalhes do plano de paz

Trump descreveu o plano como um “dia histórico para a paz”, prometendo um cessar-fogo imediato e a liberação de todos os reféns em até 72 horas após a aprovação formal de Israel. Entre as propostas, estão a retirada gradual das forças israelenses, o desarmamento do Hamas, a libertação de centenas de prisioneiros palestinos e a criação de um corpo governamental internacional temporário para Gaza, que seria liderado por Trump e incluiria o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.

“Este é um grande dia, um dia bonito, potencialmente um dos maiores dias da civilização”, declarou Trump. Ele agradeceu a Netanyahu por sua colaboração e elogiou líderes árabes e muçulmanos de países como Arábia Saudita, Catar, Egito, Jordânia, Turquia, Paquistão e Indonésia pelo apoio ao quadro proposto pelos EUA.

Apoio de Israel e advertências a Hamas

Netanyahu confirmou o apoio de Israel ao plano, ligando-o aos objetivos de seu governo na guerra. “O plano atenderá a todos os nossos objetivos”, afirmou. No entanto, ele também lançou um aviso: “Se o Hamas rejeitar seu plano, presidente, ou se aceitar supostamente e, em seguida, fizer tudo para contrariá-lo, então Israel terminará o trabalho sozinho”.

Trump reiterou que os países árabes e muçulmanos estavam comprometidos com o desarmamento do Hamas. “Toda a infraestrutura terrorista será destruída, incluindo túneis e instalações de produção de armas”, assegurou. Ele enfatizou que trabalharia com a nova autoridade de transição em Gaza para acordar um cronograma para a retirada das forças israelenses.

Reações e controvérsias

A conferência de imprensa gerou reações variadas. Enquanto parentes de israelenses mantidos como reféns em Gaza celebraram a aceitação do plano por Netanyahu, dentro do próprio governo havia críticas. Membros da coalizão de direita de Netanyahu expressaram desapontamento, e o ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, se manifestou a favor do ataque a Doha, afirmando que era uma ação “importante, justa e ética”.

Por outro lado, representantes do Hamas descartaram o plano como tendencioso. Taher al-Nunu, porta-voz do grupo, afirmou à Al Arabi TV que eles não participaram das conversas e que qualquer acordo deve incluir uma retirada total de Israel.

Mahmoud Mardawi, outro oficial do Hamas, declarou à Al Jazeera que o grupo teve acesso ao plano somente após sua publicação, criticando suas condições como próximas à posição israelense, e que as armas do movimento eram “destinadas à liberdade e independência”. Para ele, a iniciativa era uma tentativa de impedir o reconhecimento internacional de um estado palestino.

Desafios para o futuro

Na esfera política, Netanyahu enfrenta uma pressão crescente, com críticas internas que questionam sua liderança e o mandato que teria para negociar um plano que, segundo opositores, abriria caminho para um estado palestino. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, expressou que seu partido se opõe a qualquer acordo que permita que a Autoridade Palestiniana ou o Catar tenham um papel em Gaza após a guerra.

O plano apresentado por Trump foi refinado após discussões com líderes árabes e muçulmanos e se abre a um futuro diálogo delicado com consequências potencialmente profundas para a região. O presidente americano afirmou que está “muito confiante” de que um acordo está próximo, mas se o Hamas rejeitar, “Israel terá o absoluto direito e nosso total apoio para terminar com a ameaça que representa o Hamas”.

Essa nova tentativa de alcançar a paz na região reflete a complexidade do conflito no Oriente Médio e a fragilidade da situação, em um cenário onde os próximos dias poderão definir o futuro de milhões de pessoas.

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