O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (29) que pretende levar a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, a um eventual encontro com o líder americano Donald Trump. O encontro, que ainda não possui data definida, foi mencionado durante o discurso de Lula na abertura da 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, realizada em Brasília.
Reconhecimento e saudação às mulheres
No seu discurso, Lula fez questão de lembrar da importância de sua ex-mulher, Marisa Letícia, que faleceu em 2017, e sua contribuição na fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Em seguida, o presidente agradeceu à sua atual esposa, Janja, em tom de brincadeira: “Eu brinco muito com a Janjinha dizendo para ela que a Unesco já me deu uns dez prêmios para ela de mulher mais bem casada do planeta Terra.”
A menção a Janja durante a sua fala para uma plateia predominantemente feminina sinaliza a intenção de Lula de que o encontro com Trump será presencial, ao contrário das conversas anteriores que foram sugeridas para ocorrer de forma remota, como videoconferência, para evitar situações constrangedoras. A ideia de uma conversa presencial entre os dois líderes surgiu após um breve encontro de 30 segundos na Assembleia Geral das Nações Unidas, na semana passada, que deixou a pauta do encontro em aberto.
Legislação em defesa das mulheres
Durante a conferência, Lula também sancionou uma nova lei que prorroga o período da licença-maternidade em até 120 dias após a alta hospitalar do recém-nascido e da mãe. Essa medida é vista como um passo positivo em prol dos direitos das mulheres no Brasil.
Além disso, Lula ressaltou que a implementação da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres demandará tempo e esforços coletivos. “Entre a gente aprovar uma lei e as mulheres começarem a receber o salário igual vai ter muita briga, vai ter muito processo, vai ter muita Justiça”, frisou o presidente. Ele destacou a dificuldade de mudar hábitos enraizados que impactam diretamente a remuneração das mulheres, que atualmente recebem em média 20,9% a menos do que os homens em funções equivalentes.
Demandas e propostas para a igualdade de gênero
Antes de seu discurso, Lula ouviu representantes de movimentos feministas que apresentaram uma série de demandas, incluindo a ampliação do direito ao aborto, a criação de cotas para mulheres e trans no Concurso Nacional Unificado e a necessidade de mais representatividade de mulheres e travestis no Supremo Tribunal Federal (STF). Hoje, apenas uma mulher, a ministra Cármen Lúcia, compõe a Corte, e Lula, em seu terceiro mandato, já indicou outros dois ministros: Cristiano Zanin e Flávio Dino. A próxima vaga no STF só será preenchida em 2028, após a aposentadoria compulsória do ministro Luiz Fux.
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, afirmou que está cobrando do presidente a implementação das normas citadas, sancionadas em julho de 2023, mas que ainda carecem de repercussão prática. Lopes também deverá levar ao Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável propostas para efetivar políticas de igualdade salarial.
O evento em Brasília foi um espaço de diálogo, onde surgi mais uma vez a necessidade de fortalecer as pautas feministas e os direitos das mulheres no Brasil, evidenciando não apenas a presença e a voz das mulheres na política, mas também a importância de fazer avançar os direitos que garantam igualdade de oportunidades e direitos para todas.
Com essas novidades, o governo Lula reafirma seu compromisso com as questões de gênero, evidenciando que as discussões sobre políticas públicas devem contemplar a participação efetiva das mulheres na sociedade.
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