Brasil, 29 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Selic a 15%: o impacto na sua vida financeira

Banco Central mantém a taxa básica de juros em 15%, refletindo cautela diante de incertezas econômicas, e seus efeitos no bolso

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic em 15% ao ano foi anunciada nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central. O diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, afirmou que a medida busca equilibrar as pressões inflacionárias e a estabilidade econômica em um cenário de incertezas globais e domésticas.

O que significa a Selic de 15% para o seu bolso

Com a Selic no maior patamar em quase 20 anos, a principal influência na rotina financeira das pessoas está na credibilidade do mercado e na cobrança de juros em operações de crédito. Taxas mais elevadas elevam o custo de empréstimos, financiamentos e cartão de crédito, impactando especialmente quem possui dívidas ou planeja fazer investimentos.

Juros altos e economia resistente

Galípolo explicou que o atual nível de juros é necessário para conter a inflação, que ainda está acima da meta definida pelo governo. “Apesar da recente deflação e melhora nas expectativas, não podemos agir com emoção. Temos que ser vigilantes, serenos e persistentes”, afirmou durante evento do Itaú, em São Paulo.

Ele ressaltou que o mercado de trabalho brasileiro segue robusto, o que pressiona a inflação de serviços e exige cautela na política de juros. “Mesmo com juros elevados, a economia mostra resistência, e esse é um tema que a sociedade precisará debater: como conviver com juros altos e uma economia ainda forte”, destacou.

Contexto e expectativas do Banco Central

Na ata divulgada na última semana, o BC afirmou que a desaceleração da economia e a queda recente do dólar ajudam a controlar a inflação, embora os preços ainda estejam acima do esperado para os próximos anos. A inflação de serviços, em particular, continua pressionando a economia, com alta de 6,17% em 12 meses, segundo o IPCA.

Galípolo reforçou que a postura do BC é de cautela e atenção aos dados econômicos. “Precisamos manter uma política monetária firme, que seja suficientemente restritiva para garantir a convergência da inflação para a meta de 3% ao ano”, afirmou.

Os próximos passos e desafios futuros

Para o presidente do Banco Central, a manutenção da Selic em 15% é uma estratégia para assegurar que a inflação siga uma trajetória sustentável, sem atalhos. “Mais difícil do que elevar os juros é mantê-los, e a credibilidade do BC depende de sua capacidade de ser vigilante e paciente”, concluiu Galípolo.

A expectativa é que o Banco Central aguarde novos dados de atividade econômica antes de definir uma futura mudança na taxa, adotando uma postura de acompanhamento gradual para evitar surpresas no cenário econômico.

A decisão do BC influencia diretamente o custo de crédito no país e a rentabilidade de aplicações financeiras, além de moldar o ambiente de negócios e o custo de vida da população brasileira.

Para saber mais detalhes sobre a política monetária e suas consequências, acesse a matéria completa no site do G1.

tags: economia, selic, juros, política monetária, Banco Central

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes