Brasil, 29 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Ministro Moraes notifica Eduardo Bolsonaro por denúncia da PGR

O deputado federal Eduardo Bolsonaro é notificado sobre denúncia da PGR, enquanto buscas por responsabilização judicial avançam.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) seja oficialmente notificado sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele. A decisão foi tomada na segunda-feira (29/9) e prevê que Eduardo seja notificado por edital, enquanto o blogueiro Paulo Figueiredo receberá sua notificação por carta rogatória, dado que reside fora do país.

Motivos da notificação

De acordo com a decisão de Moraes, a impossibilidade de notificação do deputado ocorre porque ele se encontra atualmente nos Estados Unidos e, segundo o ministro, “está criando dificuldades” para que a notificação seja realizada. O documento menciona que Eduardo, além de estar fora do território nacional, também pode estar repetindo práticas criminosas e tentando se evadir de responsabilizações judiciais. Essas alegações são sustentadas por postagens do deputado em suas redes sociais, que indicam um comportamento que levanta suspeitas.

A PGR apresentou a denúncia contra Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo no dia 22 de setembro, acusando-os de coação em processo judicial. A denúncia pedia que ambos fossem notificados para que pudessem oferecer uma resposta à acusação, mas a tentativa de notificação do oficial de Justiça não obteve sucesso devido à ausência de Eduardo no país.

Implicações legais

Se a denúncia for aceita pelo STF, os dois respondem pelo crime previsto no artigo 344 do Código Penal, que trata da coação com violência ou grave ameaça com o intuito de favorecer interesses pessoais ou alheios. As sanções para esse crime podem variar de 1 a 4 anos de reclusão, além de multa. Este é um cenário que poderia afetar a reputação e a liberdade de ação dos denunciados, se considerados culpados.

Denúncia detalhada

Na denúncia, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, sublinha que tanto Eduardo quanto Figueiredo estariam agindo para submeter os interesses da República e da coletividade a seus interesses pessoais. A atuação deles, conforme a PGR, está relacionada à busca de sanções dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras e o próprio Brasil, num esforço para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado recentemente por seu envolvimento em tentativas golpistas.

Suspensão de vistos e suas consequências

Além disso, o procurador detalha que a dupla estaria trabalhando nos Estados Unidos para a suspensão de vistos de oito dos onze ministros do STF. Após o anúncio do governo americano a respeito das suspensões de vistos, Eduardo Bolsonaro voltou a se manifestar de forma ameaçadora em relação a autoridades brasileiras, aumentando ainda mais as tensões entre os envolvidos. Figueiredo, por sua vez, teria publicado um vídeo discutindo detalhes sobre as supostas tentativas de interferência nas ações judiciais em curso.

“A suspensão conseguida dos vistos dos ministros do STF foi, portanto, também empregada para renovação da coação sobre os julgadores do caso da tentativa de golpe”, enfatiza a PGR. Neste contexto, as ações de Eduardo e Figueiredo foram acusadas de cultivar um ambiente de desassossego institucional.

Em resumo, a notificação de Eduardo Bolsonaro e a denúncia da PGR marcam um momento significativo na política brasileira, indicando como ações em redes sociais e atividades internacionais podem resultar em consequências legais e políticas sérias. À medida que os desdobramentos deste caso continuam a emergir, os olhos do Brasil estão voltados para o STF e suas decisões sobre como proceder nas próximas etapas deste processo judicial.

Com os desdobramentos recentes, a situação continua a ser monitorada de perto, tanto pelos envolvidos quanto pelo público em geral, que busca entender as implicações dessas denúncias e a resposta das autoridades.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes