Brasil, 29 de setembro de 2025
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Morte do jornalista Paulo Soares, o Amigão da Galera, aos 63 anos

A partida de Paulo Soares, ícone da TV brasileira, deixa saudades imensas na torcida e no jornalismo esportivo.

O Brasil está de luto pela perda de um de seus mais amados jornalistas esportivos. Paulo Soares, conhecido como o “Amigão da Galera”, faleceu aos 63 anos em São Paulo, após um período de internações e cirurgias. Sua partida não é apenas uma grande perda para a família e amigos, mas também para milhões de espectadores que consideravam Paulo não apenas um apresentador, mas um verdadeiro amigo que compartilhava sua paixão pelo esporte.

Um ícone do jornalismo esportivo

O apelido “Amigão da Galera” foi atribuído a Paulo por seu colega de Rádio Record, Osvaldo Pascoal, em 1990. A escolha do nome reflete a forma descontraída e amigável com que Paulo se comunicava com o público. Ele não apenas relatava os eventos esportivos; ele os vivia, criando uma conexão genuína com os telespectadores. Para aqueles que tiveram a sorte de conhecê-lo, Paulo era tão carinhoso nos bastidores quanto nas telas, sempre disposto a oferecer um conselho ou um gesto amistoso.

Amizade e dedicação no cotidiano

A relação que Paulo cultivava com seus colegas e telespectadores era marcada por gestos de carinho. Um exemplo notável é sua interação com o então jovem jornalista Dudu Monsanto, que, mesmo sem muito contato prévio, recebeu dele dicas valiosas para sua lua de mel. Paulo ligava diariamente para saber como o casal estava se saindo em sua viagem, demonstrando um cuidado especial que foi além das obrigações profissionais.

Compromisso com o ofício

Quem trabalhou com Paulo Soares sabia que sua abordagem era séria e meticulosa. Ele chegava horas antes de suas transmissões, preparado e focado, sempre pronto para oferecer ao público não apenas informações, mas uma experiência acolhedora e real. Essa ética de trabalho foi a base sobre a qual construiu sua carreira e sua amizade com os fãs, que sentiam que estavam assistindo a um amigo próximo, e não apenas a um apresentador.

História na ESPN Brasil

Paulo iniciou sua carreira ainda adolescentemente, aos 15 anos, como narrador na Rádio Clube de Araras. Sua trajetória o levou a grandes veículos de comunicação, e em 1994, ele encontrou seu lar na ESPN Brasil, onde ajudou a reinventar a forma de se falar sobre esportes no Brasil. No programa “SportsCenter”, ao lado de Antero Greco, Paulo criou um formato amigável e divertido, transformando a apresentação de notícias em um bate-papo entre amigos. Juntos, eles se tornaram uma das duplas mais queridas e lembradas da televisão brasileira.

A saudade que fica

O legado de Paulo Soares vai muito além de suas realizações profissionais. Ele se tornou parte da vida cotidiana dos brasileiros, tendo sido uma presença constante nos lares durante décadas. Sua natureza genuína e a interação amigável que estabelecia com o público criaram uma ligação especial, algo raro no mundo do jornalismo. Sua recente despedida no ar, ao se emocionar pela perda de Antero Greco, foi um exemplo vívido de sua humanidade e do elo que valentia havia com seu público.

Reflexão final sobre o Amigão da Galera

Paulo Soares nos deixou um legado de amor pelo esporte e pela amizade genuína. Sua licença para rir em meio ao estresse das notícias esportivas transformou sua comunicação em algo leve e necessitado nos dias atuais. A perda de Paulo Soares é um lembrete triste de que não perdemos apenas um grande jornalista, mas uma certeza: de que, do outro lado da tela, havia, de fato, um grande amigo. Hoje, ao compartilhar lembranças e homenagens, o que fica é a saudade, mas também a esperança de que seu espírito continue a brilhar entre todos que tiveram o prazer de conhecê-lo.

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