O grupo Lufthansa anunciou nesta segunda-feira (29) que pretende eliminar cerca de 4 mil empregos na área administrativa até 2030, devido aos avanços em inteligência artificial, digitalização e integração de operações entre suas companhias aéreas, controladas pela alemã Lufthansa, SWISS e Austrian Airlines.
Estratégia de digitalização e aumento de lucros
Segundo a companhia, a medida visa aumentar a lucratividade do conglomerado, que também planeja adquirir mais 230 aeronaves até 2030 e gerar um fluxo de caixa livre anual superior a 2,5 bilhões de euros (R$ 15,65 bilhões).
“A redução de 4.000 empregos administrativos será alcançada por meio da digitalização, automação e consolidação de processos”, destacou a Lufthansa em comunicado. A iniciativa busca otimizar recursos e eliminar atividades duplicadas, fortalecendo a posição da empresa no mercado europeu.
Contexto financeiro e desafios sindicais
Em 2024, a Lufthansa registrou receita de 37,6 bilhões de euros (US$ 44 bilhões) e contava com mais de 101 mil funcionários. Contudo, o grupo enfrenta dificuldades com custos trabalhistas e tensões sindicais, que impactaram decisões anteriores, incluindo a suspensão da meta de margem operacional de 8%, em decorrência de disputas com os sindicatos.
A companhia enfatizou que sua estratégia visa “posicionar a empresa para o futuro e alcançar retornos sustentáveis e atrativos para os acionistas”. Apesar de o cenário ser de otimismo, a resistência de sindicatos permanece como um desafio relevante, segundo o portal The Independent.
Perspectivas de crescimento
Durante apresentação a investidores e analistas em Munique, a Lufthansa destacou a forte demanda por voos e a expectativa de lucros maiores nos próximos anos, impulsionados pela digitalização e inovação tecnológica.
Especialistas avaliam que a adoção de inteligência artificial e automação será fundamental para o futuro do setor aéreo, ajudando a reduzir custos operacionais e melhorar a eficiência das operações.
Mais detalhes sobre os planos da Lufthansa podem ser conferidos na fonte oficial do IG Economia.