No Estado de São Paulo, um caso alarmante de intoxicações por metanol levanta preocupações sobre a segurança das bebidas alcoólicas. Um paciente de Limeira, que foi internado após consumir uma bebida adulterada, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa da cidade na última segunda-feira (29). A prefeitura local confirmou que o paciente está se recuperando em uma enfermaria do hospital.
Investigação em andamento sobre as bebidas adulteradas
A Secretaria de Saúde de Limeira informou ao G1 que o Departamento de Vigilância já foi notificado e que está acompanhando a investigação sobre o caso. No sábado (27), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) emitiu uma recomendação urgente a estabelecimentos que comercializam bebidas alcóolicas em São Paulo e regiões adjacentes.
A situação é preocupante, como evidenciado pelas duas mortes registradas: uma em São Bernardo do Campo e outra na capital paulista. Além disso, outras oito pessoas foram internadas com suspeita de intoxicação por metanol, das quais seis tiveram a intoxicação confirmada. Há ainda 10 casos em investigação.
Causas e sintomas da intoxicação
Os casos de intoxicação por metanol estão frequentemente associados a indivíduos em situação de rua que consomem álcool contaminado, especialmente em postos de gasolina. No entanto, as vítimas recentes não pertencem a esse perfil. Os sintomas da intoxicação incluem náuseas, vômitos, dor abdominal, visão turva, vertigem, pressão baixa e tremores. É importante alertar que mesmo pequenas quantidades de metanol podem resultar em intoxicação severa.
Possibilidade de surto e ações governamentais
A secretária nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, Marta Machado, destacou a possibilidade de um surto de intoxicação por metanol, ressaltando a necessidade de atenção dos profissionais de saúde e consumidores em relação aos sintomas. A situação levou a uma série de alertas e informações a respeito dos riscos associados ao consumo de bebidas alcóolicas adulteradas.
As intoxicações ocorreram em diferentes cidades do Estado, incluindo São Paulo, Limeira, Bragança Paulista e São Bernardo do Campo. As bebidas envolvidas no caso incluem gin, whisky e vodka, adquiridos em conveniências, mercados informais e bares. As vítimas abrangem tanto jovens quanto adultos e consumiram as bebidas em festas e outros eventos sociais.
Tratamento e medidas de prevenção
O tratamento para intoxicação por metanol pode incluir antídotos e hemodiálise, sendo crucial o tempo de detecção para a eficácia do tratamento. Diversas autoridades de saúde, incluindo a Anvisa e o Ministério da Saúde, foram informadas sobre a situação. Uma reunião do Comitê Técnico do Sistema de Alerta Rápido (SAR) foi agendada para o dia 29 de setembro, onde novas medidas de prevenção e controle devem ser discutidas.
Além das respostas imediatas, as autoridades também estão investigando a origem das bebidas adulteradas, se elas pertencem a um único lote ou a lotes diversos, e a extensão dos casos de intoxicação. A comunidade e os responsáveis pela saúde pública continuam atentos, e investigações estão em curso para identificar possíveis responsáveis pela adulteração
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O que saber sobre a origem das bebidas adulteradas
Até o momento, muitos aspectos permanecem em aberto, como a origem exata das bebidas contaminadas e a possibilidade de que outras regiões possam ser afetadas. A incerteza sobre a quantidade de casos não notificados também é uma preocupação crescente entre os especialistas. Portanto, é fundamental que a população se mantenha atenta às orientações das autoridades e busque informações confiáveis ao consumir bebidas alcoólicas.
O surto de intoxicações por metanol em São Paulo serve como um alerta para todos, reforçando a importância de consumir produtos de procedência conhecida e manter-se informado sobre os riscos associados ao consumo de álcool, especialmente os provenientes de fontes não confiáveis.