Brasil, 29 de setembro de 2025
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Brasil negocia com EUA para reverter tarifa de 50% sobre produtos nacionais

Vice-presidente Geraldo Alckmin sinaliza esforço do governo para diminuir tarifas, atrair data centers e explorar minerais estratégicos

O governo brasileiro está em negociação com os Estados Unidos para tentar reduzir a tarifa de 50% imposta a produtos nacionais, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin nesta segunda-feira. As conversas, que vinham acontecendo há meses, ganharam impulso após um elogio do presidente Donald Trump à “boa química” entre os dois países durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Estratégias para fortalecer a cadeia produtiva

Alckmin destacou que o Brasil pretende aproveitar o interesse americano em minerais estratégicos e terras raras para manter a cadeia produtiva dentro do país e agregar valor aos recursos locais. “Nós temos um subsolo maravilhoso, com terras raras e minerais estratégicos. Queremos transformar essa riqueza em valor agregado no Brasil”, afirmou em entrevista à Rádio CBN nesta segunda-feira.

Atração de data centers e incentivos fiscais

O vice-presidente também comentou sobre o programa ReData, criado para atrair data centers ao Brasil, aproveitando o fato de o país ser o terceiro maior gerador de energia renovável do mundo. “Data centers consomem muita energia, e temos boas possibilidades de incentivos, incluindo isenção de impostos para equipamentos que não têm produção nacional”, explicou. Ele estima que esses investimentos possam ultrapassar o trilhão de reais.

Impacto da redução de tarifas e avanços nas negociações comerciais

As negociações com os EUA receberam novo gás após uma ordem executiva da Casa Branca, há aproximadamente duas semanas, que zerou tarifas sobre celulose e ferro-níquel, produtos importantes na balança comercial brasileira. “Isso representa cerca de US$ 1,7 bilhão, e acredito que novos passos virão, pois o Brasil não é problema para os EUA”, afirmou Alckmin.

Além disso, o vice-presidente reforçou que o Brasil segue diversificando seus mercados, com acordos já fechados com Singapura, o Reino do Mercado Comum do Sul (Mercosul) com a Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA) e a expectativa de assinatura de um pacto com a União Europeia até o final do ano.

Perspectivas econômicas e agenda interna

Na análise de Alckmin, a combinação de uma maior aproximação com os EUA, novos acordos comerciais e uma possível redução na taxa Selic podem impulsionar o crescimento do Brasil. “Se conseguirmos uma redução mais rápida da Selic, que atualmente está em 15% ao ano, o Brasil deve crescer mais”, avaliou.

Contensão da inflação e reforma fiscal

No cenário interno, o vice-presidente defendeu uma redução acelerada na taxa Selic para aliviar o custo do crédito e a dívida pública. “A queda do dólar e dos alimentos ajuda na inflação. Se conseguirmos reduzir a Selic, o país terá maior potencial de crescimento”, complementou.

Alckmin também mencionou a meta de déficit zero para 2025 e a expectativa de aprovação na Câmara do projeto que isenta de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil, uma promessa de campanha do presidente Lula.

Para conferir a matéria na íntegra, acesse o fonte original.

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