O CEO da Live Nation-Ticketmaster, Michael Rapino, gerou polêmica ao afirmar que os preços de ingressos de shows estão, na sua avaliação, subestimados e que o mercado ainda tem espaço para aumentos. Em entrevista recente, Rapino destacou que, apesar das críticas, o preço médio de um ingresso é de apenas R$ 144, comparável ao custo de uma entrada de um jogo de basquete da NBA, como o Lakers.
Reações negativas nas redes sociais
Fãs e consumidores não pouparam críticas às declarações de Rapino. Uma pessoa comentou: “Fazer da arte uma privilégio da elite é totalmente intencional”, enquanto outra afirmou que a postura representa uma “gouging de preços”.
Outro usuário destacou o impacto dessa política nos artistas e nos fãs: “Mesmo artistas veem o público ficar vazio porque fãs verdadeiros não podem pagar os ingressos, enquanto alguns executivos e suas famílias ocupam os melhores lugares”.
Monopólio e justificativas
Especialistas e consumidores consideraram as declarações de Rapino problemáticas, sobretudo pelo fato de a empresa deter uma espécie de monopólio nesse mercado. Uma pessoa questionou: “É estranho ter um monopólio e ainda sentir necessidade de justificar e defender o aumento de preços publicamente”.
Impacto na experiência do fã
Para muitos, a fala do CEO reforça a sensação de que o acesso à música ao vivo está se tornando um privilégio de poucos. “Arruinar a música ao vivo, um show de cada vez”, criticou um usuário nas redes sociais.
Repercussão e futuro
Fãs e a sociedade civil continuam a cobrar maior transparência e justiça nos preços de ingressos. A discussão permanece acirrada, com muitos questionando se esse modelo é sustentável a longo prazo, diante do desalinho entre a valorização do artista e o acesso do público.
Especialistas sugerem que, sem uma regulação mais rígida e uma reflexão sobre o modelo de negócios, as próximas temporadas de shows podem ampliar ainda mais a exclusão social na música ao vivo.