Recentemente, o ex-presidente Donald Trump (https://www.buzzfeed.com/tag/donaldtrump) usou a palavra “sissy” durante uma postagem na sua rede social Truth Social para criticar uma nova regra da NFL, o que gerou alertas entre especialistas sobre o aumento de discurso de ódio e cultura de masculinidade tóxica.
Críticas de Trump à nova regra da NFL
A NFL implementou a chamada “regra de chute dinâmico”, que ajusta a posição de saída das jogadas para reduzir colisões de alta velocidade e aumentar o interesse do jogo (https://operations.nfl.com/the-rules/rules-changes/dynamic-kickoff-rule-explainer/).
Trump, no entanto, reagiu de forma polêmica, chamando a regra de “ridiculamente feia” e, em uma postagem recente, afirmou que “futebol de mariquinha é ruim para os EUA e para a NFL” (https://truthsocial.com/@realDonaldTrump/posts/115208143657180249). Segundo ele, o novo procedimento compromete a essência do esporte, ao mover os chutes para a linha de 35 jardas e aproximar os jogadores.
Contexto do uso do termo “sissy”
Apesar de múltiplos sentidos e conotações, a palavra “sissy” costuma ser empregada de forma pejorativa para desqualificar homens que não correspondem aos padrões de hiper-masculinidade. Segundo Deepak Sarma (https://religion.case.edu/faculty/deepak-sarma/), especialista em ciências humanas do Case Western Reserve University, esse termo reforça uma cultura de masculinidade tóxica que estimula estereótipos e discrimina homens e mulheres.
“O uso de ‘sissy’ por Trump reflete uma cultura de masculinidade tóxica, onde estereótipos negativos são incentivados e utilizados de maneira destrutiva”, afirma Sarma. Ele destaca que a tentativa de exibir uma masculinidade exagerada por parte do ex-presidente é uma estratégia para esconder inseguranças relacionadas às suas controvérsias envolvendo mulheres, saúde e serviço militar (https://www.nytimes.com/2016/08/02/us/politics/donald-trump-draft-record.html).
Risco do discurso de ódio e tendências perigosas
A analista alerta que esse tipo de comentário reflete uma crescente normalização de termos depreciativos na internet e nas redes sociais, o que, segundo Sarma, pode contribuir para a violência e a intolerância.
“O uso de palavras ofensivas está se intensificando, e essa fala do Trump alimenta uma cultura destrutiva, que pode levar a mais discriminação e violência contra grupos vulneráveis”, ressalta Sarma. “É um retrocesso, que se soma ao perigo de uma resposta exagerada contra o que se percebe como ‘politicamente correto’.”
Implicações e perspectivas futuras
Especialistas apontam que, embora a postura de Trump sempre gere reações polarizadas, a maneira como ele manipula discursos pode influenciar significativamente os grupos que o apoiam e reforçar uma cultura de intolerância. A discussão sobre o uso de termos pejorativos continua sendo central no debate sobre discurso de ódio na sociedade contemporânea (https://www.huffpost.com/entry/the-r-word-is-back_l_67d1fcf7e4b0554ff89b34c3).
O episódio reforça a necessidade de vigilância quanto ao discurso público de figuras de destaque e o impacto que isso pode ter na promoção de valores mais inclusivos e respeitosos.