A briga generalizada ocorrida entre as equipes de Acelino “Popó” Freitas, 50 anos, e Wanderlei Silva, 49 anos, após o Spaten Fight Night, realizado em São Paulo no último sábado, causou uma série de contusões e desdobramentos que vêm gerando controvérsias. O confronto que deveria ser apenas mais uma luta de boxe se transformou em um episódio de violência, onde ambas as partes levantam versões distintas sobre o que realmente ocorreu.
Vítimas da confusão
O evento, que terminou com a desclassificação de Wanderlei no quarto round, teve seu clímax no momento em que o lutador de MMA desferiu uma cabeçada em Popó, causando uma fratura no nariz do boxeador e levando-o a requerer sete pontos no olho. A situação se agravou quando, após a luta, uma verdadeira pancadaria irrompeu entre os integrantes das duas equipes. O filho de Popó, Rafael Freitas, atacou Wanderlei, resultando em um nocaute. Este, posteriormente, seria hospitalizado, alegando dores intensas e complicações que o levaram a ser internado novamente.
Na manhã seguinte à confusão, Wanderlei compartilhou um vídeo nas redes sociais, onde relatou sua condição e os riscos de necessitar de mais exames. Enquanto isso, Popó também publicou um vídeo na madrugada de segunda-feira, indicando que estava internado em Salvador e que passaria por uma cirurgia de emergência.
O desenrolar da briga
Com a luta terminando e as emoções à flor da pele, as equipes de ambos os lutadores se agitaram no ringue. Popó, que havia vencido por desclassificação, foi alvo de provocações explícitas, levando a equipe de Wanderlei, incluindo o ex-lutador Fabrício Werdum, a reagir. O clima tenso rapidamente se transformou em agressões físicas, desencadeando uma série de ataques entre os participantes.
Os ânimos se exaltaram a tal ponto que o técnico de Wanderlei, André Dida, iniciou um ataque físico a Popó. A confusão, no entanto, tomou um rumo mais drástico quando Rafael Freitas invadiu o ringue e desferiu um soco em Wanderlei, que o derrubou. Essa sequência de eventos culminou não apenas em lesões físicas, mas também em uma guerra de narrativas entre as partes envolvidas.
Guerra de narrativas
Versão da equipe de Wanderlei
A versão apresentada por Wanderlei Silva e sua equipe coloca a culpa na equipe de Popó. Em declarações dadas ao programa Fantástico, Wanderlei afirmou: “Todo mundo viu quem começou. A equipe do meu oponente entrou no ringue provocando e agredindo.” Seu técnico, André Dida, reconheceu ter agido de forma inadequada, mas justificou sua reação como uma defesa aos membros da sua equipe.
Versão da equipe de Popó
Por outro lado, a equipe de Popó defende sua inocência, afirmando que foram provocados. Popó comentou que sua equipe estava defendendo-se de um ataque e que não foram os primeiros a iniciar a confusão. Rafael Freitas, o filho de Popó, justificou seu ato dizendo que foi uma defesa natural em um momento de intensa agitação. “Era gente para todos os lados brigando. Me desculpe, mas o que está na frente você vai fazer alguma coisa para defender a família”, argumentou.
Consequências e próximas etapas
A confusão entre as equipes abalou não apenas a reputação dos lutadores, mas também levantou questões sobre segurança em eventos esportivos e a necessidade de melhores protocolos para evitar que situações como essa se repitam. Com ambos os lutadores hospitalizados e as respectivas equipes trocando acusações, a expectativa é de que a situação se desdobrará em processos legais e novas revelações sobre o que realmente aconteceu naquele fatídico sábado à noite.
Por enquanto, os fãs e o público acompanham em expectativa, aguardando mais informações sobre a recuperação dos lutadores e as repercussões legais de um confronto que se transformou em uma verdadeira batalha fora do ringue.