Brasil, 29 de setembro de 2025
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Carros voadores podem reduzir custos operacionais em até 30%, aponta CEO da Revo

Veículos elétricos de passageiros, os eVTOLs, prometem revolucionar a mobilidade urbana com custos inferiores aos helicópteros tradicionais

Os carros voadores, conhecidos como eVTOLs, podem atuar com até 30% de economia nos custos operacionais em comparação aos helicópteros utilizados atualmente no Brasil, avalia João Welsh, presidente da Revo. Em entrevista ao GLOBO, o executivo destacou que essa redução abre possibilidades para criar uma nova segmentação na aviação urbana, semelhante à aviação comercial, com diferentes classes de serviço, como econômica, executiva e primeira classe.

Potencial de economia e implementação

Welsh afirmou que, embora não queira estabelecer números definitivos, estima-se uma economia de pelo menos 25% a 30%. “Ainda há uma fase inicial de aprendizado, investimentos e adaptação de infraestrutura”, explicou. A Revo já fechou um contrato de R$ 1,4 bilhão com a Eve, da Embraer, para adquirir 50 aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical, as chamadas eVTOLs, com previsão de entrega para o final de 2027 em São Paulo.

Desafios além do custo

O presidente apontou que, para além da compra das aeronaves, será fundamental treinar pilotos, mecânicos, criar sistemas de controle de tráfego aéreo e adaptar os helipontos urbanos. Welsh destacou que a infraestrutura de recarga também é um ponto crítico: “Precisamos pensar onde instalar os pontos de carregamento, levando em consideração o planejamento urbano”.

Impactos econômicos e tecnológicos

Estimativas da Revo indicam que a adoção dos eVTOLs pode gerar uma redução de custos de até 30% na operação, principalmente por causa da menor quantidade de componentes mecânicos e do menor tempo de manutenção. Além disso, a tecnologia promete diminuir ruído e pegada de carbono, além de elevar o padrão de segurança, uma exigência dos processos de certificação.

Expansão internacional e no Brasil

Welsh revelou que há planos de expandir a operação para pelo menos dez cidades fora do Brasil nos próximos três anos. A prioridade, no momento, é a expansão internacional, embora projetos em cidades brasileiras também possam ocorrer futuramente. “A nossa estratégia é um projeto global, mas continuaremos avaliando oportunidades locais”, afirmou.

Aplicações da inteligência artificial

Na Revo, a IA é utilizada para analisar rotas e otimizar a malha aérea, combinando dados de chegada e saída de voos para melhorar o serviço ao cliente. Segundo Welsh, “a inteligência artificial será essencial na mobilidade aérea, permitindo cálculos avançados e soluções rápidas, além de facilitar a criação de novos produtos”.

Detalhes da operação e próximos passos

O executivo destacou que a infraestrutura de recarga será planejada visando máxima eficiência, com pontos instalados em locais estratégicos, facilitando viagens e retorno às bases. Em relação à frota, a previsão é ampliar o número de aeronaves, chegando a cerca de oito até o fim do próximo ano, com mais veículos de diferentes tamanhos.

Os desafios ainda incluem a formação de pilotos e a adaptação do mercado às novas tecnologias. Entretanto, a expectativa é que os eVTOLs possam transformar a mobilidade urbana, proporcionando menos custos, maior segurança e menor impacto ambiental, conforme avaliou Welsh.

Para mais detalhes, confira a matéria completa no GLOBO: Carro voador vai baratear voos urbanos entre 25% e 30%, diz CEO da Revo.

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