Em um mundo repleto de incertezas e desafios, o Papa Francisco destaca a importância da esperança como uma virtude essencial que deve guiar a humanidade. Ele enfatiza que a esperança é o motor que nos impulsiona a seguir em frente, mesmo diante de obstáculos. O tema “Peregrinos de Esperança” foi escolhido para o Jubileu Ordinário de 2025, refletindo a visão do pontífice sobre a importância desta virtude na vida de cada um de nós.
A conexão da esperança com a fé
Durante suas reflexões, o Papa Francisco ressalta que a esperança está intrinsecamente ligada à oração e à fé. Ele explica que, ao nos conectarmos com Deus, encontramos força e encorajamento para enfrentar as dificuldades que a vida nos impõe. O pontífice observa que a esperança não é uma mera expectativa passiva, mas uma força ativa que nos chama a construir um futuro melhor, tanto para nós mesmos quanto para a comunidade ao nosso redor.
A solidariedade como catalisador da esperança
A esperança, segundo o Papa, floresce em comunidades solidárias onde as pessoas se apoiam mutuamente. Ele enfatiza que, ao praticarmos a compaixão e a empatia, não só alimentamos nossa própria esperança, mas também inspiramos os outros a fazer o mesmo. Esse ciclo de esperança resulta em uma sociedade mais unida e resiliente, capaz de enfrentar as adversidades com coragem.
Uma autobiografia cheia de lições
A autobiografia “Esperança”, do Papa Francisco, não é apenas um relato de sua vida, mas também um convite à reflexão sobre a importância dessa virtude. Publicada em mais de cem países e em várias línguas, a obra narra momentos significativos da vida do pontífice, desde sua infância até o seu chamado ao serviço da Igreja. No livro, ele menciona: “Uma autobiografia não é nossa literatura particular, e sim nossa bagagem. E a memória não é apenas o que lembramos, mas aquilo que nos cerca”. Essas palavras nos lembram da importância da memória como instrumento que nos ajuda a construir a esperança e a fé.
Momentos de esperança na vida do Papa
Um dos episódios marcantes que o Papa Francisco compartilha em sua autobiografia é o relato do casamento de um casal em um voo, onde, pela autoridade papal, ele celebrou a união em circunstâncias inusitadas. Este ato não apenas destaca a bondade do Papa, mas também exemplifica como pequenas ações podem criar ondas de esperança em um mundo que muitas vezes parece sem sentido. A esperança, segundo Francisco, é uma “forma discreta e invencível” que pode ser encontrada mesmo nas situações mais inusitadas, como a celebração desse casamento nas alturas dos Andes.
Reflexão final sobre a esperança
O apelo à esperança é um convite à ação. O Papa Francisco nos lembra que “sem esperança, tudo se torna sem vida, precário, perdido e inútil”. Portanto, alimentar a esperança deve ser uma prioridade para todos. Através de suas palavras e ações, o Papa nos instiga a não apenas esperar passivamente por tempos melhores, mas a nos engajar ativamente na construção de um futuro mais justo e esperançoso. Neste contexto, a autobiografia do Papa Francisco se torna uma leitura essencial para todos que desejam refletir sobre o papel da esperança em suas vidas e na sociedade.
Por último, a mensagem central que o Papa Francisco quer transmitir é clara: a esperança não ilude nem desilude; ela é uma luz que devemos cultivar, pois “tudo nasce para florescer numa eterna primavera”. Em tempos de crises e incertezas, suas palavras ecoam como um bálsamo para as almas que anseiam por renovação e paz.
*Padre Gerson Schmidt é um reconhecido teólogo e jornalista, que tem se dedicado a explorar temas significativos da fé cristã e de seu impacto na sociedade contemporânea.