O presidente Donald Trump irá discursar em uma reunião de altos comandantes militares, convocada de forma extraordinária pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, para esta semana na base naval de Quantico, Virgínia, segundo a Agência Associated Press. O evento, que reúne generais e almirantes de diferentes partes do mundo, gerou preocupação entre especialistas e militares pelo caráter quase incomum da convocação.
Reunião de líderes militares de última hora
Apesar de encontros entre altos comandantes militares serem comuns, a convocação repentina de todos os generais globais por Hegseth é considerada, por especialistas, uma ocasião quase inédita. A presença de Trump no evento torna a reunião ainda mais fora do comum, pois ele foi pego de surpresa ao ser questionado sobre o assunto na quinta-feira, no Escritório Oval.
“Deixe-o ser amistoso com os generais e almirantes de todo o mundo”, afirmou Trump, em tom favorável. “Você age como se fosse algo ruim. Não é bom que pessoas de todo o mundo estejam vindo para estar conosco?”
Reações e contexto político
Trump, que já foi criticado por seus discursos políticos em eventos militares, destacou-se recentemente por uma fala em junho na base de Fort Bragg, na Carolina do Norte, na qual atacou seu antecessor, Joe Biden, além de políticos de esquerda considerados radicais por ele. Ele também manifestou preocupação em transformar a força militar dos EUA, defendendo cortes de custos e maior foco na “letalidade” das forças armadas, além de criticar o que chamava de “wokeness” e fraqueza.
Confirmação oficial e detalhes
O Departamento de Defesa confirmou a realização do encontro por meio de um comunicado, no qual o porta-voz Sean Parnell afirmou que o secretário Hegseth “abordará seus líderes militares seniores no início da próxima semana”, sem dar detalhes adicionais.
Implicações e expectativa para o evento
A reunião, que ocorre em um momento de grande atenção às questões militares e de política atrelada ao comportamento do ex-presidente, levanta especulações sobre os temas que serão discutidos. Analistas avaliam que a presença de Trump pode marcar um alinhamento mais explícito de sua postura com os comandos militares ou uma tentativa de reforçar suas posições políticas junto ao alto comando.
Especialistas em defesa alertam que eventos militares de caráter tão político podem afetar a neutralidade e a tradição institucional das Forças Armadas americanas, especialmente num momento de polarização política acentuada nos Estados Unidos.
