A fabricante de Tylenol, Kenvue, afirmou nesta sexta-feira (27) que uma publicação antiga na rede social, que sugeria que gestantes evitassem usar o produto, foi tirada “de contexto”. A mensagem surgiu após Donald Trump apoiar teorias sem comprovação científica que relacionam o uso de acetaminofeno — vendido sob a marca Tylenol — ao autismo, embora não apresente novas evidências.
Resposta oficial da Kenvue à publicação antiga
Através de uma nota enviada ao The New York Times, a empresa explicou que a mensagem anterior não reflete sua orientação atual. “O tweet antigo foi retirado de contexto e não representa nossa orientação completa sobre o uso seguro de Tylenol, que não mudou”, afirmou a companhia.
A nota reforça que o acetaminofeno continua sendo “a opção mais segura de analgésico para gestantes, quando necessário ao longo de toda a gravidez”. Ao mesmo tempo, recomenda que mulheres grávidas consultem seus médicos antes de usar qualquer medicamento de venda livre, incluindo Tylenol.
Dados científicos e recomendações atuais
Segundo informações no site oficial do Tylenol, “dados científicos credíveis e independentes continuam a mostrar que não há ligação comprovada entre o uso de acetaminofeno e o autismo”.
Para a companhia, a melhor orientação é que as gestantes “falem com seu profissional de saúde antes de tomar ou administrar acetaminofeno”, a fim de garantir segurança e acompanhamento adequado durante o período gestacional.
Contexto do debate e implicações
A discussão sobre os riscos do uso de medicamentos durante a gravidez voltou à tona após declarações de figuras públicas que apoiam teorias sem respaldo científico, gerando polêmica nas redes sociais. O caso ressalta a importância de informações baseadas em evidências e do diálogo com profissionais de saúde para evitar dúvidas e riscos desnecessários.
Especialistas em saúde reiteram a segurança do acetaminofeno para gestantes, quando usado devidamente e sob orientação médica. “Não há evidências científicas que sustentem o risco de autismo relacionado ao Tylenol”, afirma a Dra. Laura Mendes, obstetra da Associação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
Perspectivas futuras
A fabricante continua monitorando o tema e reforça a necessidade de fontes confiáveis para informações sobre medicamentos. A orientação de consulta médica permanece como prioridade para garantir o bem-estar das gestantes e seus bebês.