Brasil, 28 de setembro de 2025
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Guilherme Boulos deve ser nomeado ministro e impactará eleições em SP

A provável indicação de Boulos para o ministério pode afetar o cenário eleitoral do PSOL em São Paulo.

A provável indicação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente liderada por Márcio Macêdo (PT), traz à tona uma série de implicações para as eleições de 2026 em São Paulo. Boulos, que foi o deputado mais votado do Brasil em 2022, estaria disposto a assumir o cargo até o fim do mandato, o que o impediria de concorrer novamente à Câmara dos Deputados. Essa decisão poderia significar uma perda significativa para o PSOL, que conquistou 1,9 milhão de votos nas últimas eleições, sendo metade deles atribuídos a Boulos.

A saída de um puxador de votos

Sem Boulos como seu principal puxador de votos, o PSOL terá o desafio de substituir sua influência nas urnas. Nas eleições de 2022, a força de Boulos foi determinante para que o PSOL alcançasse o patamar que possui atualmente. As novas apostas da legenda incluem a deputada federal Érika Hilton, que deve concorrer novamente em 2026. Hilton angariou 256.903 votos nas últimas eleições, e as lideranças do PSOL acreditam que ela pode superar a marca de 700 mil votos na próxima disputa.

Por outro lado, Natália Szermeta Boulos, esposa de Guilherme Boulos, também é mencionada como uma potencial candidata à Câmara. Seu envolvimento nas campanhas eleitorais pode manter o sobrenome Boulos presente nas eleições, mesmo com a ausência do deputado. Em uma manifestação recente, Natália demonstrou seu ativismo e se posicionou contra o que considera “traidores da pátria”, captando a atenção da mídia e do público.

Perspectivas do PSOL e estratégia eleitoral

Com a possível saída de Boulos da corrida eleitoral, o PSOL deve reavaliar sua estratégia para se manter relevante em São Paulo. A deputada Luciene Cavalcante declarou que a chapa do partido dependerá da presença de novos “votos de opinião”, e que o foco será fortalecer a base da esquerda e garantir a reeleição do presidente Lula. Essa linha de pensamento é sustentada também por Ivan Valente, que vê potencial em Hilton para trazer votos para a legenda.

Contudo, a resistência interna dentro do PSOL a uma aliança direta com o governo Lula é palpável. Uma resolução aprovada no início do mandato defende que o partido deve manter certa distância dos ministérios, com exceção do Ministério dos Povos Indígenas liderado por Sônia Guajajara. Isso se deve a uma preocupação com a identidade do PSOL em um contexto eleitoral cada vez mais polarizado.

Próximos passos

A nomeação de Boulos para um cargo ministerial pode representar um reordenamento da dinâmica eleitoral em São Paulo. A expectativa é que essa mudança não apenas reforce os laços do governo com os movimentos sociais, que Boulos historicamente representa, mas também traga à tona novas figuras dentro do PSOL, como Érika Hilton e Natália Boulos. Ambos os cenários exigem que o PSOL desenvolva uma estratégia robusta para não perder seu espaço nas urnas ao longo do próximo ciclo eleitoral.

Enquanto isso, Boulos continua a ser uma figura de destaque, tanto no governo quanto nas ruas, promovendo atos e mobilizações em nome da esquerda. Sua habilidade de unir forças pode acabar sendo um divisor de águas para a capacidade do PSOL de influenciar a política nacional e manter sua relevância no cenário paulista.

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