Brasil, 28 de setembro de 2025
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Magnata albanês é alvo de mandado de prisão no Brasil por tráfico de drogas

Ervin Mata, conhecido magnata albanês, é procurado por tráfico de 69 kg de cocaína de São Paulo a Valência e pode ser extraditado.

O magnata albanês Ervin Mata, alvo de um mandado de prisão expedido por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, é apontado pelo Ministério Público da Albânia como responsável pela tentativa de envio de 69 quilos de cocaína de São Paulo para Valência, na Espanha. As denúncias levantam um alerta sobre as operações internacionais de tráfico de drogas e a presença de organizações criminosas no Brasil.

Autoridades albanesas e pedido de extradição

Segundo autoridades albanesas, Mata está atualmente no Brasil, motivo pelo qual foi solicitado um processo de extradição ao governo brasileiro. O serviço de inteligência da Albânia revelou que o magnata expandiu seus negócios de tráfico para a América do Sul. As investigações apontam que a carga de 69 kg de cocaína estava escondida em uma remessa de suco de limão no Porto de Santos.

A Receita Federal do Brasil confirmou que a cocaína encontrou-se em um carregamento congelado, descoberta durante uma fiscalização rotineira. O destino final da droga era o Porto de Valência, na Espanha, o que ressalta a complexidade e a conexão internacional das operações de Mato.

Envolvimento em atividades criminosas

Além das alegações de tráfico de drogas, o governo da Albânia também levantou suspeitas de que o magnata esteja envolvido em atividades de tráfico na Colômbia. Essa informação reforça a imagem de Mata como uma figura central em uma rede de crimes transnacionais que operam através da América Latina e Europa.

A operação e as repercussões

A ordem de prisão expedida em 23 de setembro foi uma medida necessária após o governo albanês ter solicitado a detenção do magnata, que enfrenta acusações graves, incluindo tráfico de drogas, participação em organização criminosa e associação criminosa. As investigações revelam que ele teria coordenado o transporte de 240 kg de cocaína em Frankfurt, Alemanha, em setembro de 2020 e, após essa operação, fugiu para o Brasil.

Além disso, reportagens da imprensa albanesa trouxeram à tona outro aspecto preocupante: a suposta ligação de Mata com uma rede de financiamento de homicídios, onde continuaria a gerar lucros substanciais através de contratos de hotelaria ligados a um hospital público em Tirana, capital da Albânia. A utilização desses contratos em nome de terceiros para lavar dinheiro demonstra a sofisticação das operações criminosas que ele teria estabelecido.

Decisão do STF e próximos passos

Diante do exposto, a decisão de Moraes para ordenar a prisão cautelar foi justificada como uma condição necessária para assegurar a extradição de Mata. “Considerando que a prisão cautelar é condição de procedibilidade para o processo de extradição”, escreveu Moraes. O cumprimento do mandado deverá ser comunicado imediatamente à Suprema Corte, ao Ministério da Justiça, à Interpol e à representação diplomática do governo albanês.

A situação de Ervin Mata exemplifica os desafios enfrentados pelo Brasil na luta contra o tráfico de drogas e a crescente influência de organizações criminosas internacionais em seu território. A colaboração entre as autoridades brasileiras e albanesas será crucial para lidar com este caso complexo e evitar que esses grupos continuem a operar livremente.

Com a expectativa de progresso no processo de extradição, a atenção agora se volta para a resposta das autoridades brasileiras e o desdobramento das investigações que poderão revelar mais sobre as intricadas redes do tráfico internacional.

O caso de Ervin Mata serve como um lembrete sobre a vulnerabilidade do Brasil e de outros países na luta contra o comércio ilícito de drogas, destacando a necessidade de uma abordagem internacional coordenada para enfrentar essa questão.

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