Durante um discurso na Organização das Nações Unidas nesta terça-feira (24), Donald Trump afirmou que atingiu seu maior índice de aprovação popular, citando resultados de pesquisas de opinião. O ex-presidente celebrou suas supostas vitórias e a crise migratória, afirmando que sua administração salvou vidas e que seus índices de popularidade estão em alta.
Trump alega recorde de aprovação durante fala na ONU
Na ocasião, Trump declarou: “Tenho os maiores números em pesquisas de opinião que já tive na minha carreira.” Ele também mencionou seu esforço na repressão à imigração, classificando a ação como “um ato humanitário” que impede mortes durante as jornadas dos imigrantes rumo aos Estados Unidos. Segundo o ex-presidente, essas medidas refletiram positivamente na sua popularidade.
“Ao impedir que pessoas venham, estamos salvando muitas vidas”, afirmou Trump, acrescentando que seus apoiadores o apoiam e que sua administração conseguiu “victórias incríveis”.
Contradições entre declarações e dados oficiais
No entanto, críticos e analistas rapidamente contrapuseram as afirmações do republicano, lembrando que as últimas pesquisas de opinião mostram índices bastante baixos para Trump. Segundo uma pesquisa do YouGov/Economist publicada no início de setembro, sua taxa de aprovação era de apenas 39%, marcando um novo recorde de insatisfação pública.
Outras pesquisas recentes, como as do Reuters/Ipsos, Gallup e Quinnipiac, indicam que a aprovação de Trump varia entre 37% e 42%, níveis considerados baixos para um ex-presidente com potencial de retorno à Casa Branca. Especialistas apontam que seus números atuais estão entre os mais baixos desde que deixou o cargo, em 2021.
Reações nas redes sociais e análise de experts
Nos microblogs e plataformas de mídia social, usuários compartilharam tabelas e resumos dessas pesquisas, destacando as discrepâncias com as declarações do ex-presidente. Uma análise do portal HuffPost reforça que a fala de Trump foi amplamente considerada como mais uma exagerada ou desinformativa diante de dados concretos, que demonstram uma popularidade em declínio.
Segundo cientistas políticos, esse tipo de afirmação faz parte de uma estratégia de tentar se recolocar como um líder forte, mesmo com evidências contrárias destacando o contrário. A discórdia entre o discurso oficial e os números publicados reforça a polarização na política americana.
Desdobramentos e o que esperar
Especialistas afirmam que a tentativa de Trump de pintar um quadro favorável às suas pesquisas pode impactar sua imagem em debates internos do Partido Republicano de olho na próxima eleição presidencial. O clima de desinformação, aliás, permanece uma preocupação constante na política dos EUA.