Na última terça-feira, Jimmy Kimmel voltou à televisão após uma suspensão, mas sua estreia não foi acessível a todos os telespectadores americanos. Isso porque as empresas Nexstar Media Group e Sinclair Broadcast Group, responsáveis por cerca de 70% das afiliadas da ABC, decidiram não transmitir o episódio, gerando indignação nas redes sociais e debates sobre liberdade de expressão.
Bloqueio de Kimmel por conglomerados conservadores provoca protestos
As empresas, especialmente Sinclair, são conhecidas por suas posições políticas conservadoras. A Sinclair, atualmente, busca aprovar uma fusão de 6,2 bilhões de dólares com a Tegna, e a aprovação do projeto pela FCC, órgão regulador, poderia alterar o limite nacional de cobertura de emissoras por uma única entidade.
Nas redes sociais, usuários de subreddits como r/Connecticut, r/washingtondc e r/Oregon relataram dificuldades em assistir à volta de Kimmel, sugerindo boicotar as afiliadas e seus patrocinadores ou assistir ao programa por streaming para driblar a censura. A discussão rapidemente entrou no debate sobre liberdade de expressão, com muitos criticando a atitude das emissoras.
Demandas controversas de Sinclair e influência política
Alguns comentários criticaram as exigências feitas por Sinclair para que retransmitissem o programa, incluindo uma doação “relevante” à família de Charlie Kirk, líder de um grupo de direita, e ao Turning Point USA. Diversos internautas consideraram as exigências uma espécie de extorsão ou chantagem. “Isso é um abuso”, afirmou um usuário em uma postagem no Reddit.
Além disso, a relação da Sinclair com o político conservador Brendan Carr, atual presidente da FCC, tem levantado suspeitas de influências políticas na decisão de bloquear Kimmel. Carr, nomeado por Trump, liderou esforços para a remoção do apresentador da TV, o que aumenta o tom de questionamento sobre o papel do órgão regulador nesse cenário.
Cenário político e corporativo alimenta o conflito
É importante destacar que a Nexstar está tentando aprovar uma megafusão com a Tegna, o que poderia facilitar a aprovação do bloqueio ao programa. Segundo o site Business Insider, a fusão envolve uma soma de 6,2 bilhões de dólares e teria o respaldo de decisões favoráveis na FCC.
As redes sociais continuam mobilizadas, com internautas pedindo que os espectadores expressem sua opinião e apoiem o jornalismo livre. Como manifestações, muitos sugerem boicotar as afiliadas e os patrocinadores, além de usar plataformas de streaming para assistir ao programa.
Repercussões e perspectivas futuras
Críticos afirmam que o caso revela uma tentativa de censura movida por interesses políticos e corporativos, que podem afetar o pluralismo na mídia. Apesar do protesto, a disputa traz à tona o debate sobre os limites da liberdade de expressão e o papel das grandes empresas de mídia na democracia americana.
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