Brasil, 27 de setembro de 2025
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Nikolas Ferreira cede relatoria de projeto que classifica facções como terroristas

O deputado cedeu a relatoria a Guilherme Derrite, com o objetivo de incluir os grupos criminosos na Lei Antiterrorismo.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou que cedeu a relatoria do projeto de lei que busca classificar facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), além de milícias, como organizações terroristas. O responsável pelo projeto agora será o deputado licenciado e secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

Contexto e importância da proposta

Em seu comunicado nas redes sociais, Nikolas Ferreira declarou: “Digo e repito: não tenho vaidade, ceder esse projeto pro Derrite é uma honra. Tenho certeza que está em boas mãos.” A proposta, que já se encontrava nas Comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Constituição e Justiça e de Cidadania, visa atender a uma demanda crescente para que esses grupos sejam αντιμεcidos como realmente são: ameaças à segurança pública e nacional.

A ideia de classificar essas facções como terroristas não é nova. O projeto foi de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE) e enviado à Câmara dos Deputados em maio após pressões do governo dos Estados Unidos. No entanto, especialistas e técnicos do Ministério da Justiça negaram o pedido, alegando que a legislação brasileira não prevê tal enquadramento, considerando que as atividades das duas facções não estão ligadas a crimes de ódio ou religiosos, mesmo que suas operações sejam ilegais.

A proposta e suas implicações

A proposta, que busca uma alteração na Lei Antiterrorismo, pretende ampliar as definições do crime de terrorismo e incluir organizações criminosas e milícias privadas. Além disso, o projeto especifica infraestruturas críticas e serviços de utilidade pública como alvos potenciais. A classificação ampliará a aplicação da lei e aumentará as sanções para atos de terror realizados por meio de recursos cibernéticos.

Conforme afirma o autor da proposta, “a atuação desses grupos possui dimensão mais acentuada que a mera prática de crimes comuns, configurando uma violação não apenas da ordem pública, mas também uma grave ameaça à segurança nacional.” É um passo que pode mudar o panorama da segurança pública no Brasil e dar mais ferramentas para o combate à criminalidade organizada.

A visão do autor do projeto

Danilo Forte defende que a necessidade de estender a aplicação da Lei Antiterrorismo a organizações criminosas e milícias privadas se dá pela evidência de que tais grupos utilizam o medo como meio para alcançar seus objetivos. “Esses grupos têm utilizado o terror como instrumento para atingir seus objetivos, seja para retaliar políticas públicas ou para demonstrar domínio e controle social,” afirma o deputado. Ele se mostrou confiante de que a alteração não gerará perseguições políticas ou represálias a movimentos sociais.

Repercussões políticas e sociais

O tema suscita um debate acalorado entre os parlamentares e na sociedade. Muitos argumentam que a inclusão dessa classificação pode resultar em abusos por parte das autoridades, afetando movimentos sociais e políticos, enquanto outros defendem a necessidade de medidas mais rigorosas contra a criminalidade que tem impactado a segurança da população.

O parlamentar Nikolas Ferreira, ao fazer ironia sobre aqueles que se opõem à proposta – “vamos ver quem é a favor da bandidagem” – também intensifica o debate político em torno da segurança pública. A iniciativa, portanto, não apenas aborda a questão das facções criminosas, mas também reflete uma luta política mais ampla sobre a segurança e direitos civis no Brasil.

Conclusão

À medida que o projeto avança nas comissões, a sociedade civil e as organizações de direitos humanos estarão atentas às discussões e aos possíveis desdobramentos desse importante tema. A luta contra as facções criminosas e suas implicações para a segurança e a legislação brasileira promete ser um dos debates centrais nos próximos meses dentro do cenário político nacional.

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